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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Segundo dia do Fórum discute cidades do futuro e energia solar

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O segundo dia do Fórum Mineiro de Energia Renovável, 1º. Minas Meeting, realizado na última quarta-feira (04/06), teve como principais assuntos os temas Cidades do Futuro e a geração descentralizada com foco na energia solar.

O Projeto Cidades do Futuro foi apresentado pelo Coordenador do Projeto, Tadeu Batista, da Cemig. O Projeto consiste na aplicação de um novo conceito de distribuição de energia, aplicando as tendências da cadeia de valor das redes inteligentes de energia nas instalações elétricas, de telecomunicações, nos sistemas computacionais e na interface com os consumidores e geradores distribuídos. O projeto incentiva e trabalha, também, com a instalação de painéis solares (energia fotovoltaica).

A geração descentralizada de energia foi apresentada pelo profissional da empresa brasileira de soluções de energia fotovoltaica, DYA energia Solar, Thiago Costa. De acordo com dados apresentados por ele, o Sistema Interligado Nacional (SIN) é responsável por atender aproximadamente 99% da demanda de energia do Brasil. Ainda segundo os dados, a matriz de energia elétrica brasileira é predominantemente hídrica e térmica, sendo 63% composta por usinas hidroelétricas, com 87 GW de capacidade instalada. Thiago Costa apresentou o trabalho realizado pela DYA energia Solar com relação aos empreendimentos fotovoltaicos em operação e as perspectivas futuras.

A Consultora da Produttare Consultores Associados, Vivian Sebben Adami, apresentou as inovações e a competitividade na indústria de energia eólica no Brasil. Ela falou do crescimento do setor nos últimos anos e dos desafios para que a contratação de energia eólica no Brasil cresça por meio, por exemplo, do foco em políticas públicas de fomento à energia eólica, a criação de mercado e a estruturação da cadeia produtiva.

“É necessária a discussão da construção de um modelo de mercado para auxiliar o desenvolvimento da energia fotovoltaica no Brasil, visto que essa tecnologia ainda não foi contemplada pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa)”, disse o analista ambiental da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), Wilson Barbosa.

Energia Solar – o gerente de Alternativas Energéticas da Cemig, Marco Aurélio Dumont Porto, apresentou as experiências e iniciativas da Companhia com relação à energia solar tais como eletrificação rural, sistemas conectados de pequeno porte, termelétrica solar, Arena do Jacaré, Mineirão Solar, normativa de conexão, purificação do silício, novo edifício da Cemig, Atlas Solarimétrico de Minas Gerais.

O gerente falou, também, dos desafios para a energia renovável no Brasil. Segundo ele, para o desenvolvimento de fontes complementares é necessário a realização de leilões específicos para energia solar, biomassa e eólica a preços ou mecanismos diferenciados; a regualrização nos leilões específicos para as fontes alternativas para incremento dessas fontes na matriz brasileira; o avanço tecnológico e a redução de implantação em fontes alternativas e o desenvolvimento das tecnologias, nacionalização de equipamentos, treinamento e capacitação de mão de obra, incentivos governamentais, dentre outros.

A expansão de energia renovável no Brasil foi debatida entre os especialistas Amilcar Guerreiro, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Cláudio Loureiro da Canadian Solar Brasil/ ABSOLAR e Romero Ferreira da Companhia Energética Integrada (CEI). Os especialistas falaram sobre a expansão da matriz energética brasileira e a influência que a energia renovável exerce sobre a expansão da matriz.

O último painel discutiu a matriz energética regional e contou com a participação da professora Ângela Menin Teixeira de Souza, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), da professora Juliana de Moraes Marreco do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) e do analista ambiental da Feam, Wilson Barbosa, que apresentou a proposta de metodologia para a matriz energética 2015-2050.

No final dos trabalhos foi apresentada a necessidade da realização de um processo simplificado para licenciamento ambiental de empreendimentos de produção de energia de fontes renováveis. Foi feita, também, uma proposta de criação de uma matriz energética regional para Minas Gerais, que contemple alternativas energéticas por região, o que contribuiria também para o desenvolvimento socioeconômico. “Essa seria nossa próxima ação, em conjunto com atores governamentais e da sociedade em geral, identificando regionalmente as diferentes possibilidades, tentando atrair novos investimentos e objetivando sempre diminuir ou evitar impactos ambientais locais, promovendo o bem estar da população”, disse a Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Feam, Janaína França.

No encerramento do Fórum, Janaína França solicitou que todas as instituições representadas no Fórum fizessem as contribuições para a Carta de Belo Horizonte, quando, há 20 anos foi o marco inicial sobre energia renovável no Brasil, e que agora será novamente lançada pela Feam e parceiros. “O produto deste fórum será o documento “Carta de Belo Horizonte 2014”, que está sendo elaborado e será apresentado ao público em geral e ao governo federal ainda em junho, como uma avaliação dos últimos 20 anos e uma perspectiva dos próximos 20 anos, com relação às diversas energias renováveis para o Estado de Minas Gerais”, disse.

Ainda de acordo com a Diretora, as discussões feitas mostraram claramente a necessidade de ações de curto, médio e longo prazo, que deverão ser tratadas internamento pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), de forma a responder à sociedade qual é o papel do governo neste contexto.


Milene Duque
Ascom Sisema

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