O segundo dia de eventos em comemoração à Semana do Meio Ambiente, promovida pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), debateu os diversos tipos de energias alternativas, além do conhecimento de inovações tecnológicas no setor de energia.
Na abertura do Seminário “Energias renováveis, energia eólica e solar”, o presidente da Feam, Diogo Melo Franco, destacou a importância do desenvolvimento de novas alternativas no setor energético no Estado. “Minas Gerais tem um grande potencial energético, com diversas soluções apresentadas no sentido de melhorar a sua eficiência energética. Nesse sentido, é importante que exista uma articulação entre os setores que envolvem o tema, para que as soluções avancem e sejam efetivamente implementadas, garantindo assim um meio ambiente mais sadio, economicamente viável e justo”, frisou.
O Seminário contou com a apresentação de três painéis: inovações sustentáveis; diversificação na matriz energética de Minas Gerais; financiamentos e instrumentos econômicos do setor. Participaram do seminário a Newton Paiva; Sunew energy Everywhere; Ecocosntruct Brasil; Solatio; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig); Sociedade Mineira de Engenheiros (SME); Associação Brasileira de Geração Distribuída; Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig); Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica; Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE); Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS); Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Banco do Nordeste; Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste (Sedinor) e Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste (Idene).
Os projetos de pesquisa e desenvolvimento desenvolvidos pela Diretoria de Instrumentos de Gestão e Planejamento Ambiental da Feam foram apresentados durante o Seminário. De acordo com o analista ambiental, Wilson Filho, a Fundação trabalha o tema inovação sustentável em vários eixos, dentre eles, o pensamento sistêmico, o desenvolvimento de políticas públicas, além de estudos relacionados às energias renováveis.
Crédito: Janice Drumond
Os eixos de trabalho e as pesquisas desenvolvidas pela Feam foram apresentadas durante Seminário
Atualmente, está em discussão a geração de energia eólica no norte do Estado e Triângulo Mineiro e a energia solar, que apresenta potencial em todo o território brasileiro. De acordo com estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Minas Gerais é o segundo melhor estado com geração distribuída. “Existe uma capacidade muito grande de instalação de usinas no norte de Minas”, salientou o analista.
O diretor de Instrumentos de Gestão e Planejamento da Feam, Antônio Henrique dos Santos, disse que a Fundação trabalha na busca de interlocuções entre os diversos setores, a fim de responder aquilo que a sociedade espera. “O governo de Minas tem se empenhado em dar respostas mais rápidas às demandas da população e esperamos, em breve, interagindo e compartilhando conhecimentos, poder contribuir para o desenvolvimento sustentável em Minas Gerais”, frisou.
Crédito: Janice Drumond
O diretor de instrumentos de Gestão e Planejamento, Antônio dos Santos, durante mesa de debates
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Plano de Energia e Mudanças Climáticas
A analista ambiental da Feam, Morjana Moreira dos Anjos, apresentou o Plano de Energia e Mudanças Climáticas (PEMC). O objetivo do Plano é fazer com que haja uma transição, em Minas Gerais, para uma economia de baixo carbono, reduzindo a vulnerabilidade às mudanças climáticas no território mineiro e articulando, com coerência, as diferentes iniciativas já desenvolvidas e planejadas, dentro de uma estratégia territorial integrada.
O Plano foi desenvolvido para o período de médio-longo prazo (2015-2030), por meio de uma cooperação firmada com a região de Nord-Pas de Calais, na França. Diversos estudos subsidiaram a construção do Plano em Minas Gerais, que foi realizado por meio de um processo participativo. De acordo com a analista, de 2013 a 2014, foram realizadas 10 oficinas regionais e 18 oficinas institucionais, que resultaram em diretrizes e ações, validadas em 26 reuniões do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
Em um dos estudos realizados para a elaboração do Plano, foi apresentado um prognóstico de que, de 2007 a 2013, foram gastos 12,8 bilhões para remediar os eventos causados pelos gases de efeito estufa. “Se nenhuma ação for realizada, em 2030 teremos um aumento de 60% das emissões de gases de efeito estufa, por isso, é de extrema importância que as ações previstas no Plano sejam cumpridas”, afirmou. O estudo estima, de forma conservadora, que se nada for feito, os custos dos impactos decorrentes das mudanças climáticas, para a economia estadual podem alcançar nas próximas décadas (2030), cerca de R$ 225 bilhões (sem considerar os impactos de eventos extremos) e em 2050, 450 bilhões.
Crédito: Janice Drumond
PEMC contém ações em vários setores, dentre eles, o de energia
O PEMC é o pontapé para que Minas reduza a vulnerabilidade às mudanças climáticas e articule as diferentes iniciativas já desenvolvidas, dentro de uma estratégia territorial integrada. As ações previstas no plano (nas áreas de Energia, Agricultura, Florestas e outros Usos do Solo, Transportes, Indústria e Resíduos) vão garantir uma redução de 17% a 20% das emissões dos gases de efeito estufa no Estado até 2030.
Na área de energia, existe a proposta da criação de um Centro Estadual de Excelência em Eficiência Energética no Estado. Esse centro reunirá a participação dos diversos setores envolvidos com o tema para o desenvolvimento de ações para o setor.
Para conhecer detalhes do PEMC, Clique Aqui.
Milene Duque
Ascom/Sisema
