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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Novas tecnologias de monitoramento de barragem são discutidas em reunião

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A possibilidade de construção de um projeto de desenvolvimento de aplicação de novas tecnologias para monitoramento de barragens e a melhoria no conhecimento sobre os impactos dos sismos de baixa magnitude nas estruturas geotécnicas do Quadrilátero Ferrífero foram os temas tratados durante reunião realizada entre a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e a Agência Nacional de Mineração (ANM/DNPM). O encontro foi realizado na última terça-feira, 27 de novembro, na Cidade Administrativa do Governo de Minas, em Belo Horizonte.

 

Durante a reunião foi apresentada a interferometria como ferramenta complementar àquelas usualmente aplicadas na identificação e monitoramento de movimentações de massas, além da identificação de possíveis parceiros que possam auxiliar na especificação do projeto em relação à aquisição de dados, calibração, aplicação da técnica e validação dos resultados. Na oportunidade também foi discutida a possibilidade de inserção da questão sísmica como fator a ser considerado nos projetos e monitoramentos de estruturas geotécnicas.

 

Dentre as técnicas mais promissoras identificadas pelos técnicos está a interferometria de radar, tecnologia INSAR que permite identificar os deslocamentos e monitorar as tendências de movimentação dessas estruturas, com a utilização dos dados obtidos por sensores radar, incluindo os orbitais.

“Desde a promulgação da Lei Federal 12.334/2010, em que o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) assumiu também a responsabilidade pela segurança das barragens, que a Feam e o Departamento vêm conversando e trocando informações sobre o tema. Este ano, finalmente conseguimos formatar um Termo de Cooperação onde estão previstas várias ações articuladas para serem desenvolvidas, como compartilhamento de informação entre as duas entidades e desenvolvimento de uma série de ações de fiscalização conjunta e interações”, disse o diretor de Gestão de Resíduos da Feam, Renato Brandão. 

 

De acordo com o diretor, no Termo de Cooperação também está previsto o desenvolvimento de novas formas de acompanhamento e fiscalização das barragens e entendimento do funcionamento destas estruturas. “É dentro desse contexto que propusemos essa reunião, para discutirmos alguns assuntos que estão dentro do escopo do Termo e no qual achamos que é preciso desenvolver melhor, como a questão da segurança das barragens e o acompanhamento dessas estruturas como um todo, dando início à cooperação”, disse.

 

Cristina Bicho, assessora técnica do diretor de fiscalização do DNPM, reforçou que desde o rompimento da Barragem de Fundão, em 2015, tanto a Feam quanto o DNPM começaram a buscar novas tecnologias de monitoramento remoto dessas estruturas, uma vez que as demandas que envolvem as barragens são cada vez maiores e mais complexas. “Em função disso, incorporar inteligência e tecnologia no desenvolvimento do nosso trabalho se faz cada vez mais necessário”, ressaltou.

 

A assessora técnica complementou que “Como o trabalho que desenvolvemos é bastante complexo, resolvemos buscar parceiros nas universidades e institutos de pesquisa para fomentarmos ainda mais a discussão em torno do tema. Consultamos alguns órgãos de financiamento de pesquisa e descobrimos que é possível obter recursos para financiar um projeto de tecnologia na área, mas primeiro precisaríamos ter um termo de referência construído”.

 

De acordo com ela o foco principal do projeto é voltado, principalmente, para a pesquisa. “Por isso, precisamos do respaldo de pesquisadores e especialistas da área para que possamos entender como o projeto vai funcionar e como ele será aplicado no futuro. Para isso, o Instituto Nacional de Pesquisa Aplicada (Impe) foi contratado para nos ajudar a escrever o termo de cooperação”, finalizou.

 

Participaram do encontro, além de técnicos da Feam e da ANM, representantes das principais minerações do estado e professores especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de São Paulo (USP).

 

Milene Duque
Ascom/Sisema

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