Algumas instituições parceiras do Programa Ambientação se reuniram na manhã dessa terça-feira (06/12) para o 10º Fórum Institucional Ambientação (FIA). Atualmente o Programa é desenvolvido em 94 instituições em 50 prédios públicos, contemplando aproximadamente 30 mil servidores públicos em Minas Gerais.
Na abertura do Fórum a Coordenadora da Comissão Gestora do Programa Ambientação, Mirian Dias Baggio, ressaltou a importância da participação das instituições parceiras na efetivação dos objetivos do Programa. “O Ambientação tem na essência de seus objetivos a cooperação para a diminuição do consumo de energia, papel, água, copos descartáveis, bem como a promoção do consumo consciente e envio dos resíduos para a reciclagem, refletindo a mudança de comportamento dos servidores públicos e sendo referência para outras instituições e estados”, disse.
O Fórum teve objetivo de promover a integração entre as instituições que possuem o Programa Ambientação, permitindo o debate e a troca de experiências entre os participantes. “Esperamos que durante o Fórum possamos estabelecer um verdadeiro intercâmbio de ideias e experiências, que poderão se transformar em ações adaptadas às peculiaridades de cada instituição”, completou Mirian.
O presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Rodrigo de Melo Teixeira, também destacou o trabalho realizado pelas instituições e pelo Programa Ambientação. “O objetivo do Programa não é trabalhar para resolver o problema dos resíduos e sim evitar que ele seja gerado, isso é muito importante. Além disso, precisamos também pensar no reaproveitamento dos resíduos gerados nas indústrias, na mineração, e em outros setores, tornando viáveis as ideias que surgem em projetos de reaproveitamento”, argumentou.
Crédito: Janice Drumond
O presidente da Feam, Rodrigo Teixeira, ressaltou a importância do trabalho do Ambientação
A experiência da Empresa EMC, especializada em locação de Tecnologia da Informação, reforma e implantação de sistemas sustentáveis, foi apresentada durante o Fórum. O diretor geral da Empresa, Eduardo Meira de Carvalho, mostrou como foi realizada a recuperação do Edifício ACL 217, que abriga atualmente a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte e a Secretaria de Regulação Urbana, também do município. “Fizemos toda a reforma do prédio, conciliando habilidade com sustentabilidade e implantamos sistemas como placas fotovoltaicas, iluminação em LED, implantação de janelas para aproveitamento de iluminação e refrigeração natural, ar condicionado com aproveitamento da água, elevadores inteligentes, bacias sanitárias com caixa acoplada de acionamento duplo, dentre outros benefícios”, disse.
De acordo com o diretor da EMC, essas implantações proporcionam aos clientes uma economia de 35% em seus gastos gerais. “Hoje o pensar sustentável é um diferencial, as pessoas estão buscando alugar imóveis sustentáveis, que gastem menos e que sejam mais eficientes. A EMC entende, portanto, que a sustentabilidade em longo prazo é um bom negócio e, com isso, convertemos nossas ideias em resultados, fazendo mais com menos, implantando práticas que tragam resultados não só em dinheiro como também para a sociedade como um todo”, ressaltou.
Crédito: Janice Drumond
O diretor geral da EMC apresentou o trabalho realizado na reforma do edifício ACL 217
O trabalho realizado pelo Programa Ambientação em mais de 30 instituições do complexo da Cidade Administrativa, foi apresentado pela analista ambiental Ana Paula Aleixo. Ela falou das propostas e desafios para a continuidade das ações na CA em 2017. “Nosso maior desafio agora é identificar indicadores individuais nas instituições e fazer com que os servidores se apropriem dos indicadores coletivos”, disse.
Durante o Fórum algumas instituições como: Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Fundação Ezequiel Dias (Funed), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Fundação Hemominas, Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (Ipem), Imprensa Oficial e Superintendência Regional de Meio Ambiente Central Metropolitana, apresentaram as ações desenvolvidas em suas instituições para os indicadores de consumo de água, consumo de energia, consumo de papel A4, consumo de copos descartáveis, percentual de recicláveis em relação aos resíduos gerados e a geração total de resíduos.
A analista ambiental da Supram Central, Kelly Andrade, disse que além das ações já desenvolvidas por meio do programa Ambientação, a Supram pensa em fazer com que o programa externe os órgãos públicos e alcance também os empreendedores que buscam o processo de licenciamento na Regional. “Atualmente, os empreendedores veem a implantação de ações de educação ambiental como um custo a mais. Queremos mostrar para essas empresas que com pequenas atitudes e a mudança de comportamento das pessoas é possível gerar grandes resultados, inclusive financeiros”, ressaltou.
As ações desenvolvidas na Imprensa Oficial também foram destaque nas apresentações, como a realização da ECOARTE – Ecologia, Arte e Ambientação, realizada em 2016. A mostra de aproveitamento de materiais recicláveis da Indústria Gráfica aliou sustentabilidade e cidadania e agora fazem parte da biblioteca sustentável do órgão, com móveis feitos dos resíduos gerados nos processos gráficos. “Estamos agora com a proposta de realização de oficinas de marcenaria, como forma assistencial e educacional, na promoção da ressocialização dos indivíduos privados de liberdade”, disse a responsável pelo Programa na Imprensa Oficial, Eneida Stehling.
Crédito: Janice Drumond
A responsável pelo Ambientação da Imprensa Oficial apresentou as ações desenvolvidas no órgão
De acordo com ela, a parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Sedes) está em análise e, por meio dela, os indivíduos privados de liberdade poderão construir móveis com os resíduos do parque gráfico, proporcionado economia para o estado e oportunidade de renda para os detentos.
Milene Duque
Ascom/Sisema
