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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Feam divulga Inventário de Resíduos sólidos Industriais

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Foto: Divulgação Feam
BoapráticaAmbiental dentro
Legenda: Da quase totalidade dos resíduos inventariados, 97,31%, se referem a resíduos classificados como não perigosos e apenas 2,69% são classificados como perigosos

 

Os dados referentes aos resíduos industriais gerados no período de janeiro a dezembro de 2017 foram consolidados e fazem parte do Inventário de Resíduos Sólidos Industriais. Da quase totalidade dos resíduos inventariados, 97,31%, se referem a resíduos classificados como não perigosos e apenas 2,69% são classificados como perigosos. O Inventário é divulgado anualmente pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) com o objetivo de aprimorar continuamente a gestão de resíduos no Estado de Minas Gerais.

As informações prestadas pelas empresas por meio do Banco de Declarações Ambientais (BDA), referentes ao Módulo Resíduos Industriais, se referem a empreendimentos classificados nas classes 3, 4, 5 e 6, correspondendo a um universo de 886 empresas. Os dados são de empreendimentos como, indústrias de produtos minerais não-metálicos, produtos químicos, processamento, beneficiamento, tratamento e/ou disposição final de resíduos, indústria de vestuário, calçados e artefatos de tecidos em couro, dentre outros.

 

O total de resíduos industriais inventariados no Estado de Minas Gerais em 2018 (ano base 2017) foi de mais de 49 milhões de toneladas, destacando alguns tipos de resíduos como pneus, escória de alto forno, escória de ferro, silício e manganês, rejeito de concentração mineral, sucata de metais ferrosos, areia de fundição, restos de tecidos, resíduos de madeira misturados com substâncias ou produtos não contaminados, resíduos de borracha, fosfogesso e resíduos de papel e papelão. A lista inclui ainda água residuária, resíduo de estação de tratamento de efluentes com material biológico não tóxico, materiais sintéticos e têxteis, resíduos de madeira contaminado ou não contaminado com substâncias ou produtos não perigosos, vinhaça, bagaço de cana, agregado do processo de recuperação do aço, dentre outros.

 

Os resíduos mais gerados, de acordo com o Inventário, foram a vinhaça (12 milhões de toneladas); bagaço de cana de açúcar (8,8 milhões de toneladas); fosfogesso (4 milhões de toneladas); rejeito da concentração (3 milhões de toneladas); escória de alto forno (3 milhões de toneladas); escória de aciaria (2,1 milhões de toneladas); resíduos orgânicos de processo (1,4 milhões de toneladas); areia de fundição (1,2 milhões de toneladas); sucata de metais ferrosos (1,2 milhões de toneladas); águas residuárias – resíduo gerado no processo de fabricação do álcool (1 milhão de toneladas).

DESTINAÇÃO

 

Com relação à finalidade, os resíduos industriais foram destinados, principalmente, para a fertirrigação – técnica de aplicação simultânea de fertilizantes e água, por meio de um sistema de irrigação; em caldeiras e barragens.

 

A fertirrigação também se destaca como única forma de destinação para os três resíduos mais gerados: a vinhaça, os resíduos orgânicos de processo e as águas residuárias - resíduo gerado nos processos de fabricação do álcool.

 

A vinhaça – resíduo pastoso que sobra após a destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar fermentado, para obtenção do etanol - é responsável por 83,22% do total de resíduos usados para a fertirrigação. Para a utilização em caldeira, 96,07% dos resíduos correspondem ao bagaço de cana e com relação à destinação em barragens, o rejeito da concentração mineral corresponde a 91,12% dos resíduos com essa destinação.

De acordo com o analista ambiental da Diretoria de Gestão de Resíduos da Feam, Renato Teixeira Brandão, o relatório é baseado nas informações fornecidas pelas próprias empresas, por isso, a conscientização dos empreendedores para fornecimentos dos dados, corretamente, é tão importante. “É a partir desse relatório que o Estado pode se orientar na definição de ações e investimentos em projetos que busquem alternativas para a destinação adequada desse tipo de resíduo, evitando ao máximo sua disposição em aterros sanitários”, disse.

REGIONALIZAÇÃO

 

Já com relação aos dados apresentados por Superintendência Regional de Meio Ambiente (Suprams) destaca-se que para os resíduos de Classe I (Perigosos), os empreendimentos localizados na abrangência da Supram Central Metropolitana são responsáveis pela geração de 62,43% deles, seguido da Supram Sul de Minas com 15,47%.

 

 

Gráfico 1 Dentro

Os dados referentes aos resíduos de Classe II (não perigosos) demonstram que os empreendimentos localizados na abrangência da Supram Triângulo Mineiro são responsáveis pela geração de 57,24% desse tipo de resíduo, seguido da Supram Central com 13,25%.

 

Grafico 2 dentro

Confira o inventário e a lista de resíduos sólidos industriais

 

Milene Duque
Ascom/Sisema

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