Ir para o menu| Ir para Conteúdo| Acessibilidade Alternar Contraste | Maior Constraste| Menor Contraste

Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Feam publica inventário de Resíduos Sólidos da Mineração

PDFImprimirE-mail

 

Foto: Divulgação Feam 

Áreas Contaminadas1

A maior parte das empresas (262) está incluída na tipologia lavra a céu aberto, com 85,34%

 

A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) publicou o Inventário de Resíduos Sólidos da Mineração 2018 (ano base 2017). O total de resíduos de mineração inventariados no Estado de Minas Gerais foi de mais de 562 milhões de toneladas, número que considera 307 empresas sediadas no Estado, no período de janeiro a dezembro de 2017. Deste total, 289,9 milhões de toneladas são de rejeito, representando 51,55%; 272,2 milhões de toneladas (48,41%) de estéril e 242,1 mil toneladas (0,04%) são de resíduos.

 

De acordo com a Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) 117/2008, as empresas passíveis de apresentação do Inventário de Resíduos Sólidos da Mineração são as de lavra subterrânea; lavra a céu aberto; extração de areia, cascalho e argila, para utilização na construção civil; extração de água mineral potável de mesa; unidades operacionais em área de mineração, inclusive unidades de tratamento de minerais; e exploração e extração de gás natural ou de petróleo.

 

O relatório consolidado mostra que a maior parte das empresas (262) está incluída na tipologia lavra a céu aberto, com 85,34%; seguida da atividade de lavra subterrânea com 4,89%, o que inclui 15 empresas. Já a atividade de unidades operacionais em área de mineração, inclusive unidades de tratamento de minerais, com 12 empresas, correspondeu a 3,91%; enquanto a atividade extração de água mineral ou potável de mesa, com 10 empresas, correspondeu a 3,26%. Por fim, a atividade extração de areia, cascalho e argila, para utilização na construção civil apresentou oito empresas, correspondendo a 2,61%.

 

Dos 853 municípios mineiros, 136 tinham empresas que apresentaram o inventário, sendo que a maior concentração desses empreendimentos inventariados está localizada nos municípios de Pains, Poços de Caldas, Brumadinho, Ouro Preto, Arcos, Itabirito, Nova Lima e Itamarati de Minas, situados na área de abrangência das Superintendências Regionais de Meio Ambiente do Sul de Minas, Central Metropolitana, Alto São Francisco e Zona da Mata.

 

RESÍDUOS

 

Com relação aos 10 resíduos minerários mais gerados, entre todas as tipologias e classes, o destaque foi para resíduo da construção civil; sucata metálica em geral, e ferrosos e não ferrosos; resíduos de borracha, pneus, correias transportadoras; resíduos de madeira contaminado ou não contaminado; Lodo de Estação de Tratamento Esgoto (ETE) Caixa SÃO (caixa sepadora de água e óleo), banheiro químico, fossa, resíduos sanitários; óleo lubrificante usado; resíduos de restaurante; resíduos de papel, papelão e plástico; embalagens e resíduos de varrição de fábrica.

 

Sobre a distribuição das empresas por Superintendências Regionais de Meio Ambiente (Suprams), os dados mostram que a maior parte das empresas se encontra na área de abrangência da Supram Central, com 34,20%, o que corresponde a 105 empresas, distribuídas em 34 municípios. Destas, verificou-se um predomínio das empresas com atividade de Lavra a céu aberto, totalizando 89. Em seguida a Supram Sul de Minas, com 18,57%, distribuindo 57 empresas em 28 municípios, e a Supram Zona da Mata, com 14,33% das empresas, que corresponde a 44 empresas distribuídas em 18 municípios.

 

Em menor quantidade, a Supram Alto São Francisco, representou 12,70%, com 39 empresas distribuídas em 17 municípios. A Leste de Minas com 8,79%, com 27 empresas distribuídas em 15 municípios. A Supram Noroeste de Minas apresentou 4,23% com 13 empresas, distribuídas em seis municípios. A Triangulo Mineiro apresentou 3,26%, com dez empresas distribuídas em sete municípios. Já a Supram Jequitinhonha representou 2,28%, com sete empresas distribuídas em sete municípios, e a Supram Norte, em menor quantidade representou 1,63%, com cinco empresas distribuídas em quatro municípios.

 

Do total de 242,1 mil toneladas de resíduos apurados no levantamento, 85,55% foi classificado como Resíduos Não Perigosos Classe II, correspondendo a 207 mil toneladas e 14,45% foram informados pelas empresas como Resíduos Perigosos (Classe I), correspondendo a 35 mil toneladas.

 

A realização do inventário anual de resíduos sólidos da mineração consolida um extenso banco de dados, com o objetivo de aprimorar continuamente a gestão de resíduos no Estado de Minas Gerais, em consonância com Política Estadual de Resíduos Sólidos. “A gestão de resíduos sólidos é aspecto chave na busca da sustentabilidade ambiental. Nesse sentido, é prioritário a definição de ações de prevenção da geração de resíduos, antes do reuso, além da reciclagem, da recuperação de energia e, em últimos casos, o aterramento dos mesmos”, ressalta o analista ambiental da diretoria de Gestão de Resíduos da Feam, Renato Teixeira Brandão.

 

De acordo com o analista, as Políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos preveem que a geração de resíduos deve ser prevenida ou reduzida na fonte sempre que possível. Caso não exista essa possibilidade, os resíduos devem ser reciclados de maneira ambientalmente segura. Permanecendo a impossibilidade, os resíduos devem ser tratados ou dispostos de maneira ambientalmente adequada. “A gestão ambiental segura permanece como o fundamento crítico para proteger a saúde humana e o meio ambiente”, argumenta.

 

Clique aqui e confira o inventário e a lista de resíduos sólidos da mineração

 

Ângela Almeida
Ascom/Sisema

FEAM|

Rodovia João Paulo II, 4143, Bairro Serra Verde - CEP 31630-900
Todos os direitos reservados - Aspectos legais e responsabilidades