Cooperação entre Minas e Suíça irá possibilitar diagnóstico sobre a geração de resíduo eletrônico

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Criado: Seg, 09 mar 2009 16:27 | Atualizado: Ter, 12 nov 2024 23:05


O acordo firmado entre as entidades sela a cooperação para a realização do levantamento dos resíduos eletro-eletrônicos gerados em Minas Gerais. Segundo Susane Portugal, coordenadora do projeto 3RsPCs Resíduos Eletro-eletrônicos da Feam, atualmente não se sabe quanto lixo eletrônico é produzido no Estado. "Será feito um diagnóstico que vai nos subsidiar, preliminarmente, com dados referentes a televisões, computadores e celulares que se tornarão resíduo em breve", explica. "Esse é um projeto que pretende resolver um problema que, apesar de ser relativamente novo, é crescente", completa.

Para fazer esse diagnóstico a Empa contratou um consultor indicado pela Feam e está oferecendo treinamento ao pessoal envolvido no trabalho. "O alemão residente na Suiça Martin Streicher veio nos explicar a metodologia para realização do diagnóstico e nos falar sobre o trabalhos já desenvolvidos em países como China, Índia e Colômbia", afirma Susane.

A coordenadora ressalta que o diagnóstico ficará pronto no dia 19 de abril deste ano e servirá como base para criação de legislações e políticas públicas em geral, bem como para subsidiar um sistema de gestão desses resíduos. "Hoje, esses equipamentos vão parar nos aterros, no lixo urbano comum ou são jogados na natureza, o que representa um risco", alerta.

Ela explica que o resíduo eletro-eletrônico contém, além de metais preciosos, que poderiam ser recuperados, metais pesados que podem contaminar o solo e as águas. "O ideal é tentar recuperar esses materiais ampliando sua vida útil. Quando não tiver mais utilidade, poderá ser reciclado. 90% dos materiais que compõem um computador, por exemplo, podem ser reciclados", destaca Susane.

3RsPCs

Lançado em agosto de 2008 pela Feam o projeto visa colocar em prática ações para a destinação social e ambientalmente correta dos resíduos eletroeletrônicos, dentro dos princípios da redução, reutilização e reciclagem. 

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), são produzidos, anualmente, no mundo  de 20 milhões a 50 milhões de toneladas métricas de lixo tecnológico. Grande parte desses resíduos é lançada na natureza de forma inadequada, contaminando o meio ambiente devido à presença de metais pesados. Outro problema é a proliferação de lixões tecnológicos, onde os equipamentos ficam dispostos ao ar livre sem nenhum tipo de controle.

Fonte: Ascom Sisema