O gerente de Produção Sustentável da Fundação, Antônio Malard, explica que em 2012 foi elaborado pela Feam um plano de ação para adequação do setor de cerâmica vermelha. “O plano é constituído de várias ações para potencializar o desempenho ambiental desses empreendimentos”, afirma.
Uma das ações prevista no plano se referia ao desenvolvimento de um guia direcionado ao setor, carente de informações acessíveis. “Nossa meta é auxiliar as empresas que são, na maioria, familiares e produzem artesanalmente a adotar boas práticas de produção. Os poucos processos ambientais inerentes ao processo não são bem controlados pelos empreendedores devido à falta de informação”, explica Malard.
O documento é fruto de uma parceria firmada entre Feam e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) por meio de sua gerência de Meio Ambiente, o Laboratório de Materiais da Construção do Senai e o Sindicato das Indústrias de Cerâmica para Construção e Olaria do Estado de Minas Gerais (Sindicer/MG). “Ao implementarem boas práticas de produção, as indústrias, responsáveis pela fabricação de tijolos, telhas e outros materiais cerâmicos, obterão benefícios econômicos, ambientais e sociais na gestão de seus projetos”, destaca o gerente.
Em Minas Gerais ainda pode-se observar, segundo Malard, a necessidade de redução de perdas no processo de produção, melhoria das condições de trabalho e redução dos impactos ambientais decorrentes do processo, uma vez que insumos e matérias primas como energia e argila são empregados, recursos humanos são necessários e resíduos são gerados e lançados ao ambiente. “As possibilidades apontadas constituem um ponto de partida para cada empresa iniciar a busca pela melhoria de seu desempenho ambiental”, conclui o gerente.
Ana Carolina Seleme
Ascom Sisema