Workshop debate conectividade subterrânea e busca aprimorar licenciamento ambiental em espeleologia

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Criado: Ter, 29 abr 2025 13:15 | Atualizado: Ter, 29 abr 2025 16:22
Evento reuniu especialistas e servidores públicos para discutir desafios técnicos e metodológicos na proteção de invertebrados cavernícolas em Minas Gerais

Foto: Divulgação Sisema
A analista ambiental da Gerência de Suporte Técnico da Feam, Franciele Gonçalves, realizou palestra com o tema “Avaliação das propostas de áreas de  influência espeleológicas: exemplos e desafios
A analista ambiental da Gerência de Suporte Técnico da Feam, Franciele Gonçalves, realizou palestra com o tema “Avaliação das propostas de áreas de influência espeleológicas: exemplos e desafios"

Diante da importância do patrimônio espeleológico mineiro, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) promoveu, no mês de abril, o workshop “Conectividade subterrânea para a fauna de invertebrados cavernícolas: desafios e soluções no contexto do licenciamento espeleológico”, com o objetivo de discutir estratégias técnicas e normativas para a proteção das cavidades naturais subterrâneas.

O encontro aconteceu no Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e foi realizado pela Feam, com apoio da Gerência de Apoio Técnico da instituição e realização pela empresa Vale S.A. e o Observatório Espeleológico. O evento surgiu como condicionante de uma licença ambiental analisada pela Unidade Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana da Feam, em comum acordo com a mineradora.

A conectividade subterrânea, tema central do workshop, foi escolhida por sua relevância na definição de áreas de influência de cavidades em processos de licenciamento ambiental. A proposta do evento foi oferecer subsídios técnicos para garantir a proteção da fauna de invertebrados cavernícolas, frequentemente ameaçada por empreendimentos que interferem nas redes subterrâneas naturais.

Participação técnica e troca de experiências

O público foi composto por especialistas em biologia subterrânea, pesquisadores, profissionais da área ambiental e servidores públicos, principalmente das Unidades Regionais de Regularização Ambiental da Feam que atuam diretamente com espeleologia. Durante o encontro, foram compartilhadas experiências práticas e apontadas dificuldades na análise dos processos de licenciamento ligados a cavidades naturais.

Como resultado das discussões, os participantes alinharam a necessidade de sistematização de métodos e procedimentos para a coleta de dados biológicos e para a disponibilização de informações relacionadas ao licenciamento ambiental em espeleologia. Um relatório técnico final será produzido e divulgado para dar publicidade às conclusões do workshop e fomentar a melhoria contínua nos estudos e análises da área.

A iniciativa reforça o compromisso do Estado com a conservação ambiental e com o desenvolvimento de políticas públicas baseadas em evidências científicas e em diálogo com os diversos atores envolvidos na gestão ambiental.

Ascom/Sisema