Bate-papo no Sisema discute Aquecimento Global

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Criado: Ter, 11 mar 2008 09:09 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:34


Ao lado do especialista, compõem a mesa de debates Magda Luzimar de Abreu, da UFMG, Vitor Feitosa, da Fiemg, e o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho. Promovido pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente, o evento acontece às 17h00, na sede do Sisema (rua Espírito Santo, 495, 5º andar, Centro, Belo Horizonte) e é aberto ao público.

O interesse pelas questões ambientais vem aumentando muito nos últimos anos, principalmente depois da divulgação, no primeiro semestre de 2007, do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC). A partir desse relatório, estudos sobre o processo de aquecimento global foram intensificados, levantando principalmente questões relacionadas aos modelos de desenvolvimento sustentáveis desenvolvidos pelos Governos e Sociedade.

Besserman - Sérgio Besserman é mestre em economia pela PUC/RJ. Dentre vários títulos, concluiu o "Executive Program On Climate Change & Development, Harvard Institute for International Development, Harvard University. Desde então, tornou-se membro da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima (1999-2003); Dirigente da Câmara Temática de Disseminação do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas; Membro das Missões Diplomáticas Brasileiras às Conferências das Partes nº 4 e nº 7 da Convenção de Mudanças Climáticas da ONU e Membro do Conselho Diretor da WWF - Brasil.

A palestra a ser apresentada pelo professor Sérgio Besserman irá abordar algumas conclusões científicas do Relatório Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC), analisando no contexto científico e o significado da probabilidade de 90% do aquecimento global ter como causa a ação humana, além do significado da elevação média de temperatura e do nível do mar, relacionando o tempo desses processos com o tempo geológico. "Buscaremos explicar por que não há, no caso do aquecimento global, uma solução tecnologicamente mágica, que permita a continuidade dos atuais padrões de consumo e modelos de produção. Situaremos o fenômeno do aquecimento numa história, a história do capital, e não apenas como o resultado de um consumismo excessivo, visão frequentemente divulgada pela mídia", explica o professor Besserman.

Segundo ele, a manutenção dos padrões de consumo dos países mais ricos e das classes mais altas dos países emergentes é uma impossibilidade política porque implica em restringir o acesso dos restantes 5,2 bilhões de habitantes da Terra a esse padrão. Besserman ressalta também que as mudanças nos modos de produção estão ligadas a duas questões: o fim da civilização dos combustíveis fósseis, com a conseqüente transformação da matriz energética da sociedade global, e a necessidade de um controle social global que impeça a ação ecologicamente destruidora do capital.

10/03/2008
Ascom / Sisema