O trabalho de combate aéreo a incêndios florestais realizado em Minas Gerais será apresentado pelo Diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e Eventos Críticos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Rodrigo Belo, durante o no Seminário Nacional de Combate de Incêndios Florestais, que acontece em Viçosa, nos dias 28 e 29 deste mês.
O seminário é promovido pela Sociedade de Investigações Florestais (SIF) e vai debater temas como Equipamentos para Prevenção e Combate a Incêndios Florestais; Estratégias para Proteção Contra Incêndios Florestais em Linhas de Transmissão de Energia; Gestão da Prevenção e Controle de Incêndios Florestais; Coordenação Interagências para a Prevenção e Combate a Grandes Incêndios, entre outros.
Segundo Rodrigo Belo, Minas Gerais é referência no combate aéreo a incêndios florestais. Ele explica que o combate aéreo é uma atividade auxiliar ao combate terrestre. “O uso dos recursos aéreos complementa a operação de combate, devido às suas características logísticas. As aeronaves auxiliam no transporte de combatentes, análise da situação, reposição de suprimentos e alimentação, resgate e combate às chamas”, acrescenta.
O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) possui dois helicópteros e três aeronaves para monitoramento e transporte de pessoal. O Sisema conta, ainda, com um contrato que fornece nove aviões Air Tractor, para lançamento de água sobre o fogo.
O Diretor frisa sobre a importância de um seminário voltado para discutir o combate a incêndios florestais. “O assunto ainda é pouco discutido no Brasil, precisamos ampliar cada vez mais esse debate e criar nossas próprias metodologias. Além disso, a troca de experiências é fundamental para aprimorarmos nossas técnicas de combate”, conclui.
O combate aos incêndios florestais é feito por meio de várias ações realizadas pelo Sisema, como o trabalho de conscientização com moradores do entorno das Unidades de Conservação (UCs); simulados Operacionais de Combate a Incêndios Florestais; monitoramento contínuo dos focos de calor; contratação de brigadistas; construção de aceiros entre outros.
De acordo com Rodrigo, o combate por terra é tão importante quanto o combate aéreo e a contratação de brigadistas para reforçar o trabalho no período crítico de incêndios florestais é fundamental para efetividade das ações. “Em 2012 contávamos com 250 brigadistas contratados e, atualmente esse número cresceu para 408”, informa.
Crédito: Evandro Rodney
Uso de recursos aéreos no combate a incêndios florestais em Minas Gerais
Força-Tarefa
Em 2005, num esforço conjunto de diversos órgãos do Governo de Minas Gerais para aperfeiçoar o trabalho de combate a incêndios florestais no Estado foi criada a Força-Tarefa Previncêndio (FTP). Primeira do gênero na América Latina, a Força Tarefa é coordenada pela Semad, em parceria com a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Coordenadoria de Defesa Civil, Prefeitura Municipal de Curvelo e parceiros privados.
O município de Curvelo foi escolhido para abrigar a base principal da Força-Tarefa por estar localizado no centro geográfico de Minas Gerais, permitindo que as equipes cheguem a qualquer local do Estado em até duas horas. Na base, que fica no aeroporto do município, está a sala de monitoramento com o sistema de vigilância de focos de calor via satélite e a central do telefone para informes de incêndios florestais, que funciona durante 24 horas.
Além da base de Curvelo, o Estado conta ainda com outras três sub-bases: Januária, Diamantina e Viçosa. Durante o período de chuva, as bases são utilizadas como centro de treinamento para as equipes de brigadistas e técnicos.
Além das Aeronaves do Sisema, a FTP conta, também, com o apoio dos helicópteros da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Janice Drumond
Ascom/Sisema