No total, as equipes visitaram 42 empreendimentos, dos quais 28 eram fazendas. Foram emitidos cerca de R$ 65 mil em multas, a maior parte delas relacionada a desmates e produção ilegal de carvão. 308 veículos foram inspecionados durante os quatro dias de operação e cerca de dois mil esteres de lenha e madeira foram apreendidos, em veículos e no interior de propriedades, o que corresponde a quase 400 caminhões carregados.
Os técnicos registraram os dados de caminhões que transportavam madeira e lenha e estavam abandonados em diferentes localidades. "O mecanismo permitirá a futura identificação destes veículos", afirma o supervisor regional do Instituto Estadual de Florestas no noroeste, Afonso Rodrigues Boaventura. "A identificação dos caminhões, principalmente dos que foram localizados nas estradas vicinais, serão subsídios para o mapeamento das rotas clandestinas do transporte de madeira", completa.
Cinco periquitos foram apreendidos pela Polícia Militar de Meio Ambiente e Trânsito em uma propriedade e entregues aos cuidados de técnicos do Ibama, nas proximidades de Arinos, para serem reintroduzidos na natureza.
Operação
A Operação Unaí foi coordenada pelo Comitê Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (CGFAI) e teve a participação do IEF, da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e da Polícia Militar de Minas Gerais. As equipes aturam nos municípios de Unaí, Brasilândia de Minas, Arinos, Bonfinópolis de Minas, Buritis, Riachinho, Urucuia, Formoso, Natalândia, Uruana e Dom Bosco.
Afonso Boaventura observa que a operação é fundamental para ajustar o trabalho de fiscalização local. "É um norte para os ficais que atuam cotidianamente na região e no trabalho de orientação aos empreendedores", observa.
Último dia
Nesta quinta (18/10), 12 empreendimentos foram visitados pelas equipes de fiscalização. Em Arinos, uma empresa de extração e beneficiamento de calcário teve suas atividades suspensas. Segundo o analista ambiental da Feam, Leandro Carvalho, a empresa estava totalmente irregular, sem qualquer tipo de autorização para funcionamento ou sistema de controle ambiental. "A produção gerava uma poeira branca muito grande que espalhava como uma nuvem pela região", afirma. Os dois britadores foram lacrados e a empresa, multada em R$ 20 mil. Para retomar as atividades, o proprietário precisará iniciar o processo de regularização ambiental do empreendimento junto à Supram.
Em Unaí, outra empresa de extração de calcário apresentou irregularidades e será multada por disposição incorreta de resíduos sólidos. Segundo a analista ambiental Elisângela Tonon, os resíduos estavam espalhados pela área empresa e misturavam-se a óleo combustível. A multa pode chegar a R$ 5 mil.
Três postos de combustível de Brasilândia de Minas foram convocados para regularizar sua situação junto à Feam. Os empreendimentos já receberam multas e, segundo o analista ambiental, Gérson de Araújo Filho, não têm condições legais e ambientais para operarem. Os proprietários têm uma semana de prazo para iniciar o processo de regularização, sob pena de suspensão da atividade.
19/10/2007
Fonte: Ascom/Sisema