Governo de Minas participa de Congresso Mundial sobre Desenvolvimento Urbano Sustentável

Notícia

Criado: Qui, 20 jun 2024 17:26 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:34


 

Divulgação Sisema

IcleiRenatainterna

Representante da Semad levou experiência Mineira no enfrentamento às mudanças climáticas

 

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) participa, de 18 a 21 de junho, em São Paulo, do Congresso Mundial do ICLEI (sigla em inglês para Governos Locais pela Sustentabilidade) 2024. O encontro é focado no avanço do desenvolvimento urbano sustentável e na adaptação equitativa aos desafios locais e regionais frente às mudanças climáticas.

 

O Congresso faz uma reflexão e visão de futuro, enfatizando os desafios e oportunidades que as cidades e regiões enfrentam devido ao aumento dos riscos e mudanças globais relacionadas ao clima. Participam representantes de governos locais e regionais, profissionais da área urbana e pesquisadores para troca de experiências sobre as melhores práticas de desenvolvimento urbano sustentável.

 

A superintendente de Qualidade Ambiental e Mudanças Climáticas da Semad, Renata Araújo, participou, no dia 19, do Painel “Perdas e Danos”. Ela dividiu o palco com representantes de Pernambuco, São Paulo, Governo Federal e Equador, falando das experiências locais com políticas e instrumentos para minimizar os efeitos das mudanças climáticas.

 

Em sua apresentação, dentre outros pontos, Renata destacou o Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática (IMVC). “A ferramenta calcula o grau de suscetibilidade aos efeitos adversos do clima, e serve de apoio aos municípios para o desenvolvimento de ações de baixo carbono e de adaptação territorial”, explicou.

 

A atualização do IMVC foi lançada pela Semad em junho, durante a Semana do Meio Ambiente. “No ano de 2014, cerca de 52% municípios mineiros possuíam um grau alto, muito alto ou extremo de vulnerabilidade climática. Em 2024, esse número corresponde a 62% dos municípios mineiros”, afirmou Renata Araújo. Para a realidade de cada território, a plataforma leva em consideração indicadores de saneamento, renda per capita local, cobertura vegetal, entre outros fatores.

 

Ela destacou, ainda, a Plataforma de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) que traz, em 1.158 camadas, informações sobre o Estado, dentre elas as referentes ao IMVC.

 

A superintendente também lembrou que Minas Gerais já cumpriu mais de 11% da sua meta do Tratado da Mata Atlântica, que prevê o plantio de 7 milhões de mudas de espécies nativas do bioma até o final de 2026. Entre novembro de 2023 e abril de 2024, foi contabilizado o plantio de 776 mil mudas de espécies nativas do bioma. “O compromisso foi firmado entre os governadores dos estados que compõem o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em outubro de 2023, para a restauração de 90 mil hectares do bioma e o plantio de 100 milhões de mudas nativas pelos sete estados que compõem o grupo”, disse.

 

Outro ponto trazido pela representante de Minas foi com relação ao compromisso firmado por Minas Gerais na Campanha Race to Zero. Minas se encontra na última fase do compromisso firmado: a de monitoramento. Também foi apresentado o portfólio de casos de sucesso para mostrar iniciativas do Estado de Minas Gerais no setores público e privado para a questão climática.

 

Um dos destaques citados foi o Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), desenvolvido pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). “O sistema, gerido em conjunto com a Coordenadoria de Estado de Defesa Civil (Cedec), viabiliza o cadastro e o envio de alertas pelo celular sobre condições climáticas em todo o Estado e está acessível para toda a população”, frisou.

 

SOBRE O ICLEI

 

O ICLEI intervém a nível local e global, moldando políticas e desencadeando ações para transformar ambientes urbanos em todo o mundo. Constrói conexões entre níveis de governo, setores e grupos de partes interessadas, estimulando conexões de cidade para cidade, de cidade para região, de local para global e de local para nacional. Ao ligar atores, políticas, compromissos e iniciativas subnacionais, nacionais e globais, o ICLEI fortalece a ação em todos os níveis, em apoio ao desenvolvimento urbano sustentável.

 

A nível subnacional, o ICLEI impulsiona a mudança ao longo de cinco caminhos interligados que atravessam setores e fronteiras jurisdicionais. Esse desenho permite que os governos locais e regionais desenvolvam soluções de uma forma holística e integrada, criando mudanças em sistemas urbanos inteiros.

 

Emerson Gomes
Ascom/Sisema