Coordenadores da Meta 2010 com apoio da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) se reuniram, na última quinta-feira (08), no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) para buscar parcerias na busca pela revitalização do Rio das Velhas, objetivo principal do projeto estruturador Meta 2010.
A coordenadora executiva da Revitalização da Bacia do Rio das Velhas – Meta 2010, Myriam Mousinho, apresentou alguns dados do diagnóstico que está sendo elaborado nas sub bacias que compõem a Bacia do Velhas. “Destacamos que o Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) com apoio do Governo tem buscado várias ações de preservação na região desta bacia, como a proposta de criação do Sistema de Áreas Protegidas e ações do Programa Minas Sem Lixões”, destacou Mousinho.
O coordenador do Projeto pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Ronaldo Matias, mostrou a evolução no trabalho de coleta e principalmente no tratamento de esgotos. “Passamos de 2% de esgotos tratados nesta bacia para 47% em 2008 e nossa meta é chegar a 68% até o fim de 2009”, ressaltou Matias, que apresentou o programa de coleta e tratamento de efluentes não domésticos, o Procend. Pelo programa as indústrias transferem à Copasa a responsabilidade pela destinação do seu efluente, o que, segundo o coordenador, representa um custo reduzido se comparado à construção de Estações de Tratamento de Efluentes (Etes) individuais.
Alguns empresários e representantes de sindicatos que participaram da reunião reclamaram da falta de linhas de financiamento para implementação de sistemas adequados de tratamento e ações de minimização de impacto dos efluentes. Esta posição foi defendida pelo gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Wagner Costa, que confirmou a necessidade de abertura de linhas de crédito para o desenvolvimento de ações sustentáveis nas indústrias.
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, participou da reunião e afirmou que o grande desafio do Brasil é desenvolver políticas tributárias e creditícias que atendam à sustentabilidade. “É preciso esverdear a política econômica”, ressaltou Carvalho.
Outros setores fazem parte da estratégia de busca de parceria para cumprimento da Meta 2010. Já foram feitas reuniões com representantes do Governo, do setor agrícola, com a indústria e com a Agência Nacional de Águas (ANA).
Resultados da META 2010 são apresentados à ANA
Ainda nesta semana, equipe da META 2010, juntamente com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), participou de uma reunião sobre o Rio das Velhas na Agência Nacional das Águas (ANA), em Brasília. Estiveram presentes no encontro a coordenadora executiva da Meta 2010, Myriam Mousinho, a diretora de Gestão de Recursos Hídricos do Igam, Luiza de Marillac e o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Velhas, Rogério Sepúlveda, além da diretoria da ANA.
Foram apresentados aos diretores os resultados obtidos pela META 2010, o andamento da revitalização do rio das Velhas e programas administrativos realizados pelo Igam, como o cadastro de usuário da água, outorga de lançamento de afluentes e a cobrança pelo uso da água.
Segundo Myriam Mousinho, durante a reunião, foi realizada uma explicação sobre o que tem sido feito pelo Governo de Minas para a recuperação das águas. Ela conta que os diretores da ANA se mostraram satisfeitos com o trabalho realizado: “A experiência vivida pelo Velhas já é um exemplo a ser seguido e os diretores apresentaram interesse de levar o projeto para outras regiões”, afirma a secretária-executiva.
Luiza de Marillac apontou que uma das coisas que chamou a atenção dos diretores foi o fato de o trabalho de revitalização estar sendo articulado com o Plano Diretor da Bacia do Velhas. “É muito importante saber que temos o nosso trabalho reconhecido, que a nossa forma de gestão tem sido correta e eficiente”, ressalta a diretora.
Meta 2010
Como Projeto Estruturador do Governo de Minas, pretende promover a melhoria da qualidade das águas da Bacia do Rio das Velhas, no seu trecho mais poluído, próximo à Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O objetivo é que a água seja enquadrada na "classe II", o que significa que poderá ser destinada ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional, às atividades de lazer, à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas e à criação de peixes.
O Projeto tem como meta aumentar o Índice de Qualidade da Água (IQA) de 59,5%, em 2005, para 67%, em 2011, e atingir 75%, em 2023. Entre as ações de governo, está a implementação de obras de saneamento nas principais sub-bacias da RMBH, com intervenções como ampliação da coleta de esgotos e implantação de estações de tratamento. Além disso, para a melhoria da qualidade das águas, Myriam Mousinho destaca o envolvimento do cidadão como fundamental. “2010 será um marco de recuperação, mas uma série de ações preventivas da comunidade é necessária para a preservação da bacia”, esclarece a secretária-executiva.
Fonte: Ascom/ Sisema
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