O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, defendeu nessa segunda-feira na Brazilian Climate Alliance, reunião realizada em um dos eventos paralelos da Cúpula sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP-15), a cooperação entre os setores econômicos brasileiros para uma produção agropecuária em bases sustentáveis.
Segundo o secretário é desnecessário realizar grandes desmatamentos para ampliar a fronteira agrícola brasileira, em face do grande estoque de terra subutilizadas ou abandonadas no processo de produção agropecuária. O desmatamento e uso do solo, de acordo com dados do Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa de Minas Gerais, são responsáveis pela maior parte de emissão desses gases na atmosfera.
Carvalho destacou a importância da cooperação, integração e transversalidade de políticas públicas, cuja formulação deve incorporar a sociedade civil e as lideranças empresariais. “É importante também buscar eliminar o contencioso envolvendo ruralistas e ambientalistas, porque há mais pontos de convergência do que de divergência e que estamos dando mais atenção as nossas divergências”, afirmou.
“O Brasil é o pais com melhores oportunidades para enfrentar os problemas do aquecimento global, em razão da disponibilidade de terra, recursos naturais e matriz energética baseada em recursos renováveis. A nossa inserção na economia global esta se dando em uma época de grandes transformações rumo à sustentabilidade e este é outro ponto positivo para o nosso país”, disse.
O secretário também criticou duramente o fato de que o valor gasto para salvar o sistema financeiro na crise mundial ocorrida no ano passado ter sido extremamente superior aos valores propostos até o momento para o combate às mudanças climáticas. “Os mesmos chefes de Estado e de Governo que estão chegando em Copenhagen acabaram de torrar literalmente mais de 3 trilhões de dólares para salvar o sistema financeiro internacional, mas agora estão oferecendo migalhas para mitigar os efeitos do clima”, relatou.
“Até os mais empenhados em resolver o problema têm uma visão equivocada do que realmente esta acontecendo, porque não é o planeta que esta em perigo, ele vai continuar com outra forma, como já ocorreu em outras crises climáticas desde a mais remota antiguidade. Quem está em perigo é a vida tal como ela se manifesta e como nós a conhecemos”, avaliou.
O Brazilian Climate Alliance foi patrocinado pela Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa), União das Indústrias de Açúcar e Álcool (Unica) e pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG). O encontro, um dos mais concorridos realizados no espaço brasileiro na COP-15, contou ainda com pronunciamentos do Ministro de Meio Ambiente do Brasil, Carlos Minc, da Senadora Marina da Silva e do Governador de São Paulo, José Serra.
Fonte: Ascom/ Sisema
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