As duas novas estações de monitoramento da qualidade do ar foram inauguradas nesta segunda-feira (13), na Capital, durante o Seminário ‘Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Belo Horizonte: desafios e propostas’, promovido pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
As estações foram instaladas no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), no bairro Esplanada, e no Instituto Nacional de Meteorologia, no bairro Santo Agostinho. Elas integram a Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar da Região Metropolitana, eixo Belo Horizonte, Betim e Contagem, que agora conta com 11 estações automáticas.
As duas estações foram instaladas e serão operadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte e os dados gerados serão gerenciados pela Feam, instituição responsável pela gestão da qualidade do ar no Estado. “Os dados monitorados são estratégicos para o planejamento de ações que irão garantir uma boa qualidade do ar para a população”, destacou o presidente da Feam, José Cláudio Junqueira. Ele ressaltou a importância do esforço da Fundação para ampliar a rede de monitoramento no Estado, que dispõe atualmente de 20 estações.
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, também destacou a importância do monitoramento para subsidiar a condução de políticas públicas. “O monitoramento da qualidade do ar em Minas Gerais é realizado de forma transparente, por meio de equipamentos automáticos e transmissões em tempo real, e estão à disposição de toda a população”, complementou.
O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, destacou a importância das estações de para avaliar os resultados dos programas que estão sendo desenvolvidos no âmbito municipal para reduzir as emissões de poluentes atmosféricos. “Em relação à qualidade do ar, a nossa preocupação não se dá apenas no aspecto da saúde pública, mas do meio ambiente de forma mais ampla, e constatamos que esta é também uma preocupação da sociedade”, ressaltou. Ele destacou o programa da Prefeitura ‘Operação Oxigênio’, que tem o objetivo de controlar a emissão de fumaça preta dos veículos movidos a óleo diesel em circulação na Capital.
O investimento na instalação das duas estações somou R$1,5 milhão, feito pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), por meio de convênio assinado com a PBH e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIRD). O investimento se refere à compra de equipamentos, instalação de abrigos climatizados e treinamentos de pessoal operativo.
Programa de Monitoramento
O monitoramento da qualidade do ar, com estações automáticas, é realizado no Estado de Minas Gerais desde 1995, com a instalação de estações na Praça Rui Barbosa, no centro da Capital, na Praça Tancredo Neves, em Contagem, e no bairro Petrovale, em Betim. Atualmente, a rede conta com 11 estações automáticas, operadas pela Feam, Refinaria Gabriel Passos (Regap), a empresa V&M e PBH, e com uma estação móvel, operada em parceria com a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), e instalada no interior de um container na carroceria de um caminhão.
As estações são cabines climatizadas onde são instalados analisadores de gases, sensores meteorológicos e sistemas de aquisição e transmissão dos dados. De acordo com o gestor ambiental da Feam, Lucas Viana, os poluentes monitorados são óxidos de nitrogênio, ozônio, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, partículas respiráveis e partículas inaláveis, além de parâmetros meteorológicos. “Os dados de todas as estações da rede são transmitidos em tempo real a três centrais de aquisição de dados do Centro Supervisório de Qualidade do Ar da Feam”, informou.
O gestor ambiental da Feam, Flávio Ferreira, explicou que os dados são analisados diariamente pelos técnicos da Fundação, considerando os padrões de qualidade do ar fixados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Os dados técnicos são trabalhados de forma que possam ser facilmente entendidos pela população e classificados como qualidade ótima, boa, regular, inadequada (atenção), má (alerta), péssima (emergência) e crítica. As informações são disponibilizadas em boletim diário e relatório anual, no site Feam.
Fonte: Ascom/ Sisema
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