Foto: Escola Municipal Professor Ribeiro Neto/Divulgação
As atividades do projeto são desenvolvidas a partir de quatro temas principais: consumo consciente de água e energia, gestão sustentável de resíduos e cidadania
Capacitar educadores e promover ações práticas capazes de estimular uma cultura sustentável entre estudantes de escolas públicas mineiras. Com esse objetivo, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) desenvolveu o projeto “Educação Ambiental nas Escolas: um despertar para o consumo consciente”. Lançado em junho deste ano, o projeto-piloto, realizado em parceria com quatro municípios do estado, vem mudando a rotina de alunos e professores, que já adotam atitudes sustentáveis também em suas casas.
Integram o projeto-piloto, cerca de 50 educadores e 200 estudantes do ensino fundamental da rede pública dos municípios de Campo Florido, no Triângulo Mineiro, Itapecerica, no Centro-Oeste, Nepomuceno, no Sul de Minas, e Paracatu, no Noroeste do estado.
As atividades do projeto são desenvolvidas a partir de quatro temas principais: consumo consciente de água e energia, gestão sustentável de resíduos e cidadania. A metodologia inclui a realização de uma atividade online de Educação Ambiental por semana. Para apoiar os professores, a Semad desenvolveu cadernos de atividades específicos para cada município, com práticas pedagógicas a serem realizadascom os alunos.
Além das atividades semanais voltadas ao debate dos temas do projeto, os professorem fazem o acompanhamento das contas de água e energia das residências dos estudantes, anotando os dados, mensalmente, em planilha também desenvolvida pela Semad.
A proposta, segundo a gestora ambiental da Semad, Sophia Nunes, responsável pela elaboração dos cadernos de atividades, é ampliar o engajamento no projeto, incluindo também as famílias dos participantes. “Ao interpretar as contas de água e luz, os estudantes entendem quais fatores contribuem para o aumento ou redução dos custos. Isso desperta o pensamento crítico para o consumo consciente dos recursos naturais”, explica.
CONSUMO CONSCIENTE
Abrahão de Oliveira, aluno do 5º ano da Escola Municipal Professor Ribeiro Neto, em Nepomuceno, criou uma pequena estrutura de coleta seletiva em sua casa, separando o lixo orgânico do reciclado. “Depois de fazer as aulas, conversei com a minha mãe e nós colocamos duas lixeiras no quintal. Uma azul para o lixo orgânico e outra verde para os reciclados”, diz.
Foto: Escola Municipal Professor Ribeiro Neto/Divulgação
Abrahão de Oliveira, de 11 anos, criou um pequena estrutura de coleta seletiva em sua casa, após participar do projeto
O aluno do 6º ano da Escola Municipal Profª. Márcia Macedo Meireles (CAIC), Emerson Braga, em Paracatu, é um dos participantes do projeto-piloto. Para o estudante, as atividades propostas ajudam a entender a importância da conservação ambiental. “Depois de fazer as aulas, comecei a desligar as luzes em casa nos quartos onde não tem ninguém. Na hora de tomar banho, penso na quantidade de água que estou gastando e fico menos tempo debaixo do chuveiro”, conta.
Foto: CAIC Paracatu/Divugação
Emerson Braga, de 12 anos, diz estar mudando os hábitos de consumo em sua casa, pensando no meio ambiente
O projeto-piloto segue até novembro, quando será realizado um evento com toda a comunidade escolar participante para apresentação dos resultados e avaliação das metas e indicadores propostos inicialmente.
VISITA
Nessa sexta-feira (13/8), a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, acompanhada do subsecretário de Gestão Ambiental e Saneamento da Semad, Rodrigo Franco, fará uma visita à Escola Municipal Severo Ribeiro, em Itapecerica, uma das quatro instituições de ensino escolhidas para integrar o projeto “Educação Ambiental nas Escolas: um despertar para o consumo consciente”, em sua fase inicial.
Na oportunidade, a secretária conversa com os educadores e verifica as ações já realizadas no âmbito do projeto. A agenda no município conta ainda com uma visita à Prefeitura e reuniões com representantes da Copasa e avicultores da região.
Edwaldo Cabidelli
Ascom/Sisema