crédito: Matheus Adler/Semad
A nova fase de gestão contribui para a diversificação dos serviços turísticos e melhoria no atendimento, sendo uma melhor experiência aos visitantes
Uma das sete maravilhas da estrada real, a Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi reaberta ao público no último sábado (2/4). A reabertura da gruta, que pertence ao Parque Estadual do Sumidouro, marca o início da gestão da Concessionária Rota das Grutas Peter Lund SPE, que a partir de agora passa a assumir a concessão dos serviços de visitação do local.
O Parque do Sumidouro, localizado nos municípios de Pedro Leopoldo e Lagoa Santa, é de responsabilidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e estava fechado desde janeiro deste ano para que a Concessionária Rota das Grutas Peter Lund SPE, composta pelas empresas Urbanes e B21, finalizasse a transição de gestão nos moldes do Programa de Concessão de Unidades de Conservação (Parc), do Governo de Minas.
Com a transição finalizada, a Gruta poderá ser visitada, com funcionamento dos serviços de lanchonete, trilhas e escalada, além do Museu Peter Lund. O valor do ingresso para acesso à Gruta é de R$ 25 — moradores dos municípios do entorno, assim como estudantes e outras categorias têm direito a isenções ou descontos. Escalada e trilhas são cobradas separadamente.
Mudanças
A gerente-geral da Urbanes Parques, Débora Gomes, destaca que, nos últimos meses, tudo foi preparado nos mínimos detalhes para que o público possa aproveitar ao máximo a visitação na Gruta da Lapinha. Entre os ajustes feitos, Débora cita retoques nas pinturas, limpeza e reformas nos banheiros, além do funcionamento da lanchonete.
“O atendimento inicia às 8h30 e finaliza às 17h, sendo que o último grupo para a gruta sai às 16h. Ao longo do dia temos passeio em todos os horários. Estamos trabalhando diariamente”, disse.
O Parque Estadual do Sumidouro também se prepara para contar com novos atrativos no futuro, sobretudo em esportes de aventura. Além disso, alguns equipamentos já existentes na Unidade de Conservação estão recebendo ajustes para serem reabertos. “Para o futuro, vamos reabrir o Museu do Castelinho. Além disso, as fazendas em volta terão novos atrativos e abriremos espaços para o cicloturismo”, anuncia Débora.
A coordenadora do Núcleo de Projetos Especiais do IEF, Cecília Vilhena, lembra que com a ação da Concessionária, o Estado poderá concentrar esforços nas ações de conservação do Parque do Sumidouro, monitorando áreas que não estão sob o regime da concessão. Cecília também ressalta os ganhos para a unidade em termos de turismo.
“Esta nova fase de gestão do Parque Estadual do Sumidouro, em parceria com a Concessionária, irá contribuir para a diversificação dos serviços turísticos ofertados e com a melhoria no atendimento, proporcionando assim uma melhor experiência a todos os visitantes”, salienta.
Concessão
A Rota das Grutas Peter Lund é um circuito de alto valor espeleológico e integra três unidades de conservação estaduais: o Parque Estadual do Sumidouro e os Monumentos Naturais Gruta Rei do Mato e Peter Lund.
O contrato com a concessionária foi formalizado em agosto de 2021 e prevê que sejam investidos cerca de R$ 12 milhões nos três espaços, que devem ser aplicados em melhorias estruturais e reformas, ao longo de 28 anos. A concessão também deve gerar cerca de 120 empregos diretos e 2 mil indiretos, proporcionando uma economia na ordem de R$ 4 milhões anuais aos cofres estaduais.
Gestão
As mudanças fazem parte do Programa de Concessão de Parques Estaduais (Parc), uma iniciativa do IEF e das Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), de Cultura e Turismo (Secult) e de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), com intuito de desenvolver e diversificar os serviços turísticos das unidades de conservação.
O programa tem o objetivo de contribuir para aperfeiçoar a gestão e a conservação da biodiversidade, além de atrair investimentos e gerar empregos, entre outros benefícios. O consórcio é responsável por gerir a parte de serviços e visitação.
A gestão ambiental e a coordenação das unidades de conservação permanecem sob responsabilidade do IEF.
Luciane Evans e Matheus Adler
Ascom/Sisema