Antes de tratar dos temas principais, o secretário fez um panorama sobre a situação do meio ambiente não só no Estado, mas no Brasil e no mundo. Ele deu início à palestra alertando para o problema do aquecimento global e sobre como a sociedade se tornou responsável pela atual situação. 

“Construímos, ao longo da civilização, dois grandes mitos que explicam as dificuldades que enfrentaremos neste século”, ressalta. Segundo ele, um dos mitos é o da inesgotabilidade dos recursos naturais. “Hoje, vivemos a realidade da escassez desses recursos e construímos um padrão de produção e consumo absolutamente insustentável”, destaca.

O segundo mito é o da supremacia do homem sobre a natureza. “Fomos educados com esse conceito, o que é uma balela”, afirma. O secretário explica que, atualmente, a sociedade está na fase de dissolver tais mitos e isso está gerando uma nova consciência que fará o homem pensar mais e causará uma mudança de comportamento da sociedade e de atitude dos cidadãos.

Em relação à transposição do Rio São Francisco, José Carlos Carvalho explicou aos estudantes sua posição e a do Governo do Estado.”Eu e o Governo de Minas não temos uma visão diplomática. Estamos coerentes com a posição do Comitê de Bacia do São Francisco, que prevê o abastecimento público na região do Nordeste Setentrional. Mas, o projeto não é para atendimento de demandas humanas”, esclarece. “O projeto tem dois eixos e, em um deles, o eixo norte, prevê que 70% da água será usada para irrigação e outros fins econômicos”, destaca.

Sobre o Rio das Velhas, o secretário diz que um dos objetivos é impedir que o esgoto doméstico continue sendo lançado no rio in natura. “Trabalhos estão sendo desenvolvidos a fim de ampliar a coleta e o lançamento de esgoto na rede”, informa. Ele explicou a Meta 2010, que propõe navegar, pescar e nadar no Velhas na Região Metropolitana de Belo Horizonte daqui a três anos.

O Secretário destacou ainda a importância dos rios de Minas Gerais no cenário nacional. “Todas as grandes bacias do Brasil recebem contribuição dos afluentes mineiros. Isso aumenta nossa responsabilidade em colaborar com os demais estados nesse nosso papel de caixa d’ água do Brasil” completa.


Data: 23/04/07         Fonte: Ascom Sisema