As alternativas de fomento florestal visando a geração de renda adicional para os agricultores e a melhoria do uso da terra através da integração lavoura-pecuária-floresta foram defendidas pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, em sua palestra ministrada no XIII Congresso Florestal Mundial realizado nesta semana na cidade de Buenos Aires, Argentina. Carvalho foi orador na plenária “Organizando o Desenvolvimento Florestal”, tema central do evento.
Um dos pontos destacados por José Carlos foi o esforço que a sociedade deve empenhar para suprimir a exploração da floresta nativa para uso doméstico e local. “É necessário proteger com espécies nativas as áreas ecologicamente sensíveis das propriedades rurais no contexto da bacia hidrográfica de na qual esteja localizada. Precisamos estimular o fomento florestal de natureza ambiental visando à recuperação de áreas degradadas e de ecossistemas florestais afetados pela ação do homem”, explicou.
Outra questão ressaltada pelo secretário foi que a floresta, independentemente do bioma ou ecossistema em que esteja localizada, produz, simultaneamente, bens econômicos e serviços ambientais. “É importante o desenvolvimento uma política integrada, fundamentada em bases sistêmicas”, disse. “Hoje não existe mais um setor que congregue todas as ações inerentes à Política Florestal. Estas ações estão distribuídas em várias esferas de governo como meio ambiente, agricultura, indústria e comércio, ciência e tecnologia, entre outras”, completou.
Minas Gerais é um estado reconhecido pela integração de suas políticas públicas na gestão governamental. No caso do meio ambiente, o Estado possui ferramentas que buscam inserir a variável ambiental nas ações de diversas secretarias de estado. Destacam-se os Núcleos de Gestão Ambiental (NGAs), estruturas presentes em 13 secretarias e que tem como objetivo promover a interação das políticas setoriais com a gestão ambiental estadual. Outro destaque é o Zoneamento Ecológico Econômico, ferramenta de gestão que traz um diagnóstico de todo o território mineiro observado elementos como vegetação, saneamento, Índice de Desenvolvimento Humano, disponibilidade hídrica, entre outras, funcionando como um marco orientador para todo o governo e sociedade.
Carvalho também destacou em sua palestra a importância das ações para redução do desmatamento, principal causador da emissão de gases do efeito estufa no Brasil, especialmente devido à devastação da Amazônia. “Além de coibir o desmatamento para evitar a oferta de madeira, cujo preço não remunera os custos de manejo da floresta, é fundamental regularizar a propriedade da terra e incentivar a produção e o consumo de madeira e derivados obtidos de manejo sustentável”, afirmou. Minas Gerais vem apresentando resultados significativos no combate ao desmatamento, apresentando queda 30% na taxa de desmate nos últimos quatro anos.
O Congresso, principal evento mundial sobre desenvolvimento florestal, tem como objetivo diagnosticar a situação geral das florestas e do setor florestal mundial afim de se adaptar as políticas de desenvolvimento e estimular a conscientização dos grupos envolvidos na gestão do setor. A primeira edição do Congresso ocorreu em 1926 em Roma, Itália. O evento realizado em Buenos Aires contou com a participação de cerca de 5 mil participantes, além de representantes de vários países, universidades e de empresas ligados ao setor florestal. “O Congresso está sendo realizado em um momento fundamental para discutir a função de todos os tipos de floresta e seu papel no futuro”, concluiu Carvalho.
Fonte: Ascom/ Sisema
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