O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, José Carlos Carvalho, informou em contato com a chefe da delegação brasileira na Cúpula Mundial sobre Mudanças do Clima (COP-15), a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff e ministro de Meio Ambiente Brasileiro, Carlos Minc, para solicitar especial atenção dos negociadores brasileiros na COP-15 sobre a adoção do conceito de florestas em exaustão na implementação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), tendo em vista que as metodologias de sua utilização já foram aprovadas no conselho executivo do Protocolo de Kyoto.
“A proposta é uma forma de ampliar o uso do MDL e da negociação de crédito de carbono para projetos de reflorestamento em países em desenvolvimento. Esta medida é fundamental para Minas Gerais, pois é um grande incentivo para o desenvolvimento da ‘siderurgia verde’, baseada no uso de carvão vegetal de origem de florestas plantadas. O processo se dará por meio de novos plantios em áreas já ocupadas por florestas plantadas, o que em nenhuma hipótese pode significar novos desmatamentos de florestas nativas”, explicou o secretário.
“As articulações se justificam diante do impasse das negociações técnicas e a inevitável providência de levar as decisões para o alto nível das delegações, na expectativa de que os chefes de estado e de governo possam salvar pelo menos parte das negociações para reduzir a emissão dos gases de efeito estufa”, disse.
“Esta medida ajudaria também os países africanos e menos desenvolvidos, que poderiam se beneficiar das possibilidades do reflorestamento, numa perspectiva de cooperação sul-sul, na qual o Governo de Minas, em articulação com o governo federal, poderia prestar apoio em razão do avançado estagio tecnológico da silvicultura no Estado”, completou.
Carvalho agiu também em contato com Organizações Não-Governamentais Internacional (ONGs) para demonstrar que a silvicultura em Minas não representará pressão para novos desmates. Nesse contexto, o secretário destacou a nova Lei Florestal Estadual recentemente sancionada pelo governador Aécio Neves que fixa metas de redução do desmatamento no estado e institucionaliza o pacto celebrado com o setor produtivo e a sociedade civil para eliminar, em nove anos, o uso de carvão vegetal originário de florestas nativas, sendo que em Minas, a partir de 2010, o consumo de carvão vegetal de origem de mata nativa não pode ultrapassar 15% do consumo total.
Fonte: Ascom/ Sisema
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