Foto: Viviane Lacerda/ Sisema Divulgação
Placa de identificação pode ser inserida na coleira do animal
As comemorações das festas de final de ano em 2020 sofrerão alterações em função da pandemia da Covid-19. Entretanto, os cuidados com os animais domésticos, como cães e gatos, devem ser mantidos e intensificados nesta época do ano. Dentre os assuntos que merecem atenção estão a alimentação dos cachorros e felinos, a cautela em relação aos fogos de artifício e a identificação dos pets.
As orientações são da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), órgão do Governo Estadual responsável pela gestão da fauna doméstica. “Durante as férias e festas é imprescindível não se esquecer de quem esteve ao seu lado o ano todo: cuide, proteja e abrigue seu animal de estimação”, aconselha a coordenadora do Núcleo de Fauna e Pesca da Semad, Samylla Mol.
Alimentação
Em algumas famílias existe o hábito de servir restos de ceia aos pets como substituição e, até mesmo, incremento da rotina alimentar feita com ração. O costume, entretanto, não é aconselhado, conforme o médico veterinário do Núcleo de Fauna e Pesca, José Begalli. Segundo o profissional os alimentos tipicamente humanos não devem ser introduzidos aos animais no período das festas de Natal e Ano Novo, e, mesmo durante o ano, é importante que os animais recebam uma alimentação adequada a cada espécie.
“A partir do momento que o animal começa a se relacionar com alimentos que não sejam a ração, podem surgir problemas comportamentais, transtornos alimentares, obesidade, diabetes, problemas hepáticos. O adequado é manter a alimentação habitual e os insumos indicados pelo veterinário”, pondera Begalli. A situação pode ser ainda mais complicada em animais idosos. Neste caso, o desequilíbrio nutricional pode causar danos metabólicos e orgânicos.
Fogos de artifício
Outro ponto que merece a atenção de quem é responsaável por um animal de estimação são os fogos de artifício e demais artigos de pirotecnia. Bastante comuns nesta época do ano, os barulhos provocados por estes utensílios geram medo, ansiedade e alteram o comportamento, não só de cães e gatos, mas de diversos outros animais que estão em locais próximos às queimas de fogos.
De acordo com a coordenadora do Nufap, Samylla Mol, para muitos animais, assustados e incomodados com o som pirotécnico, a primeira reação pode ser tentar deixar o lugar em que estão. Neste contexto, alguns acidentes podem vir a acontecer quando o animal tenta se esconder em locais que não os comportam, quando tentam pular de alturas consideráveis, passar por locais estreitos como grades e, até mesmo, fugir.
“O indicado é que no momento dos fogos de artifício o tutor permaneça com o animal em um local fechado e seguro, sem que ele tenha como fugir ou se machucar durante uma reação espontânea”, explica. Outra medida importante para este período, diz Samylla, é a identificação dos cães e gatos com os nomes do animal e do responsável, além de um meio de contato que possa facilitar a localização em caso de fuga.
As informações podem ser escritas, por exemplo, na coleira ou numa plaquinha de identificação. Outra medida que pode ser adotada é o uso de um pequeno pedaço de algodão no ouvido do animal, para reduzir o impacto sonoro dos fogos. “A audição dos animais é diferenciada dos seres humanos. Em alguns casos a amplitude sonora de um barulho será maior no cachorro do que no seu tutor e essas dicas ajudam a reduzir o impacto sobre os animais”, complementa o médico veterinário José Begalli.
Em Minas Gerais, algumas cidades já proibiram, por meio de leis municipais, o uso de fogos de artifício com ruídos. Alguns dos exemplos são Araguari e Poços de Caldas, onde os artigos pirotécnicos utilizados não podem emitir estampidos, apenas gerar impacto visual. “Enquanto essa regra não é válida para todo o Estado, vale se atentar às dicas acima e cuidar dos animais, companheiros leais”, acrescenta Samylla.
Simon Nascimento
Ascom/Sisema