A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), participou nesta quinta-feira (07/07), do treinamento prático de ações de defesa contra ataques químicos e neutralização de artefatos explosivos com foco nos Jogos Olímpicos, no Mineirão.
O treinamento integrado contou com a participação de servidores do Núcleo de Emergências Ambientais (NEA) da Semad, além de militares das Forças Armadas, servidores da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), agentes e técnicos da Polícia Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Guarda Municipal, BHTrans, Fundação Ezequiel Dias, Secretaria de Estado de Saúde, Secretaria de Saúde Municipal de Belo Horizonte, Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear e também de agentes de segurança privada.
Crédito: Janice Drumond
Treinamento integrado contra ataque químico reuniu diversas instituições
“Trata-se de um ajuste fino de um planejamento que vem sendo feito a mais de um ano, de forma integrada entre as instituições, e uma avalição final para execução adequada no período dos jogos”, afirma Vicente Salgueiro, Coordenador do Centro Integrado do Comando de Controle.
Durante o treinamento, os figurantes presentes puderam testemunhar em duas distintas simulações, como seria um ataque químico e a neutralização de um artefato explosivo. Para a neutralização dos agentes químicos presentes na descontaminação, foi utilizado um composto biodegradável chamado Turfa, substância formada por Sphagnum (grupo de musgos), que absorve os componentes químicos, sem deteriorar o meio ambiente.
Segundo Wanderlene Nacif, Diretora de Prevenção e Emergência Ambiental da Semad, a participação do NEA nesses eventos é muito importante, porque a preocupação maior é com a saúde das pessoas que foram atingidas no presente momento, porém, é importante destacar a proteção ao meio ambiente, pois dependendo do sinistro, pode-se ocorrer um agravamento da situação em função da contaminação do meio ambiente, desencadeando uma repercussão ao longo prazo para a população não presente no momento do atentado.
Crédito: Janice Drumond
Servidores do NEA participaram de simulado
“O trabalho do NEA nesses atendimentos é voltado para evitar que, durante o processo de descontaminação, os danos não extrapolem a área contaminada, minimizando o dano ambiental. Para isso trabalhamos com a empresa parceira Sermarge, para recolher os resíduos gerados na descontaminação dos figurantes presentes na simulação”, afirma Wanderlene.
Para Milton Franco, Analista Ambiental e Coordenador do NEA, o simulado é uma preparação para o caso de intervenção de acidentes maiores e uma forma de precaução, caso ocorra algum grande acidente nas Olimpíadas. “Nossa equipe técnica está aqui caso haja necessidade de alguma intervenção ambiental e para impedir que, caso aconteça algum atentado químico, não ocorra, por exemplo, um vazamento de água contaminada”, concluiu.
Renata Cezarina
Ascom/Sisema