A arnica mineira (Lychnophora pinaster), planta endêmica no estado de Minas Gerais (espécie que ocorre em determinada área geográfica), é encontrada no PE do Rola Moça.  A Arnica trata-se de uma planta rica em princípios bioativos, com potencial para a sua utilização na indústria farmacêutica e de cosméticos. Além disso, é explorada de maneira considerável pela medicina tradicional.

No entanto, a arnica está na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de Extinção da Flora de Minas Gerais, na categoria vulnerável à extinção. Isso comprova a ação predatória e indiscriminada do uso da arnica.

Com o objetivo de atuar na conservação e preservação da espécie, o Instituto Estadual de Floresta (IEF), por meio da gerência de Projetos e Pesquisa (GPROP), autorizou a licença para a coleta de exemplares da planta no PE do rola moça, para estudos na Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas/ Museu PUC Minas de Ciências Naturais), sob a coordenação da professora Maria de Fátima Vieira Sterling. O trabalho envolveu atores da comunidade acadêmica e estudantes de escolas públicas.

 

Crédito: Arquivo/Sisema

Arnica mineira (Lychnophora pinaster)

Segundo a gerente de projetos e pesquisa do IEF, Janaína Aparecida Batista Aguiar, “para reverter à situação da planta são necessários trabalhos de educação ambiental para dar fim às coletas predatórias, e ênfase na conservação da espécie em áreas protegidas, como já é o caso da Arnica que ocorre no PE do Rola Moça”.

Os trabalhos de campo resultaram em diversas formas de produção, como a publicação do Botanic Arte, publicação de documentários, trabalhos de educação ambiental em escolas municipais e produção de cartilha. A gerente ressaltou, ainda, que “a comunidade acadêmica é uma grande parceria do IEF e atua realizando pesquisas científicas nas UCs, produzindo conhecimento sobre a biodiversidade e fazendo com que a conservação das espécies seja efetiva”.

Arnica mineira

A planta é restrita em algumas localidades de Minas Gerais, vive em ambientes de 900 m de altitude como em Campos Rupestres, Campos Sujos e Campos Limpos de Altitudes de regiões de Cerrado do Alto do Rio Grande. As propriedades anti-inflamatórias estão entre os benefícios dessa planta, que pode ser usada na forma de extrato alcóolico ou pomadas, potencializando as propriedades anestésicas, anti-inflamatórias e cicatrizantes. Contudo, deve se ter prudência em sua utilização correta, tanto na forma farmacêutica quanto na espécie a ser utilizada.

Ângela Almeida
Ascom/Sisema