O Parque Estadual do Ibitipoca recebeu, na última quarta-feira (03/05), cerca de 120 pessoas, moradores das comunidades do entorno e visitantes, para a celebração do Dia da Santa Cruz, evento tradicional organizado pelas comunidades. O terço é rezado no cruzeiro, um dos principais pontos de visitação no parque.

O terço no cruzeiro é uma tradição que começou antes mesmo de se criar a Unidade de Conservação. Segundo Tia Dina, 68 anos, organizadora e condutora do terço, essa celebração começou nos anos 40, ela mesma, frequenta há mais de 40 anos. “Minha família frequentou o terço, eu frequento desde criança e gostaria que a tradição continuasse na minha família e nas famílias de todos que estão aqui”, ressaltou Tia Dina que destacou também a participação dos funcionários do PE do Ibitipoca. “São todos muito prestativos e envolvidos na realização desse encontro”, disse.

 

Crédito: Renata Fernandes

O terço acontece há 40 anos e une tradição e meio ambiente

 

Jaqueline Lima, de 22 anos, participou pela primeira vez do terço. “Se Deus quiser, ano que vem estarei de volta, é uma tradição muito bonita”, disse a recém-moradora da região.

Dona Valdina da Silva, 72 anos, diz que sempre frequentou o terço e que se esforça para incentivar os mais jovens da família para que esse evento não se perca com o tempo.  “É maravilhoso estar aqui, ano que vem estarei de volta”, destacou.

A educadora ambiental do parque, Rosimeire Belcavelo, a Rose como é mais conhecida por todos nas comunidades, apoia na organização, mobilização e execução deste evento e participa ativamente, inclusive produzindo as lembrancinhas que são distribuídas aos participantes. “Estar com todos aqui no cruzeiro para essa celebração é o melhor de tudo, vale demais todo esforço”, ressaltou Rose.

“É uma satisfação para todos no parque participar e contribuir com esse evento significativo para as comunidades do entorno”, ressaltou João Carlos Lima Oliveira, gerente do PE Ibitipoca, que não economiza esforços para ajudar a manter essa tradicional celebração. “Para o parque é importante manter essa tradição e receber essas pessoas, que têm aqui uma extensão das suas casas”, explica o gerente.

Renata Fernandes