A Expedição Ecoavis é realizada em diversos locais de Minas Gerais e, em 2013, já visitou 31 locais do Estado. Segundo o presidente da Ecoavis, Gustavo Pedersoli, a intenção das expedições é estimular, por meio da prática da observação de aves, um maior contato com a natureza. “Começamos como um pequeno grupo que frequentava o Parque Municipal das Mangabeiras, em Belo Horizonte e, atualmente, já somos cerca de 300 associados”, afirma.
Pedersoli destaca que durante os três dias, os observadores percorrerão as trilhas e lagoas do Parque buscando ouvir e avistar espécies que não são facilmente avistadas e até estão ameaçadas de extinção. “É impossível afirmar que veremos esta ou aquela espécie, mas meu desejo pessoal, por exemplo, é o de avistar o Gavião de Penacho”, afirma. “Outra espécie que há muito tempo não é registrada na área do Parque, mas que está presente na nossa lista de desejos é o Gavião Real”, completa.
Segundo o gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Vinícius de Assis Moreira, o Parque é um local privilegiado para observação de aves já que se trata da maior floresta tropical contínua de Minas Gerais. “As árvores centenárias e de grande porte e a vasta área tornam-se habitat e refúgio ideal para essas aves”, explica.
Na unidade de conservação é possível encontrar espécies da avifauna como o beija-flor besourinho, chauá, jacu-açu, saíra, anumará, entre outros. Vinícius Moreira lembra ainda que o Instituto Estadual de Florestas (IEF) apoia atividades como a Expedição Ecoavis como forma de estimular o contato e a conservação da natureza. “Fomentar a observação de aves tem um potencial enorme de geração de emprego e renda para comunidades do entorno”, afirma.
Foto: Evandro Rodney
Quero-quero, uma das aves que podem ser encontradas no Parque Estadual do Rio Doce.
O Parque Estadual do Rio Doce possui 35.970 hectares e está inserido nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo. Abriga ainda um sistema lacustre, composto por quarenta lagoas naturais, dentre as quais destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até 32,5 metros. O local também é abrigo de animais conhecidos da fauna brasileira, como a anta e o sauá, bem como espécies ameaçadas de extinção como a onça pintada e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.
Mais informações sobre a Expedição podem ser encontradas na internet, no endereço www.ecoavis.org.br
Emerson Gomes
Ascom Sisema