Foto: Wilma Gomes
Técnicos do Sisema recebem treinamento sobre métodos utilizados para realizar a classificação da vegetação e uso e ocupação do solo
O Mapeamento da Cobertura Vegetal da Mata Atlântica no Estado de Minas Gerais foi tema de treinamento ministrado pela empresa Geoambiente, contratada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), no âmbito do Projeto PROMATA II. O objetivo é capacitar e efetuar a transferência tecnológica para os técnicos do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) quanto aos métodos utilizados para realizar a classificação da vegetação e uso e ocupação do solo. O treinamento aconteceu de 04 a 07 de dezembro, na Universidade Aberta Integrada (Uaitec), Unidade do bairro São Pedro, em Belo Horizonte.
Durante a capacitação foram repassados para os técnicos os conhecimentos gerais que serão executados em projetos, manipulação de dados, manuseio de software QGIS, compreensão de dados, uso de sistema gerenciador de dados PostgreSQL/PostGIS, entre outros.
Segundo o diretor de Controle, Monitoramento e Geotecnologia do IEF, Edmar Monteiro, promover o mapeamento da cobertura vegetal do Estado, constitui o cerne para compreender os fenômenos da biosfera e da ecologia, além de permitir perceber as perturbações e pressões sobre a vegetação nativa.
O projeto se divide em duas atividades Mapeamento e Monitoramento, subdivididas em categorias, classes e subclasses (temáticas e fisionômicas), de acordo com os seus objetivos específicos. De acordo com a capacitação considera-se “Mapeamento da Cobertura Vegetal”, a identificação dos tipos de formações vegetais e alterações em relação às suas características originais, utilizando seu grau de alteração como critério para definir a inclusão da classe de cobertura como nativa; identificar o domínio fisionômico florestal ou campestre; apontar o grau de pressão antrópica sobre a formação, segundo as peculiaridades de cada bioma, em um determinado momento.
Para o gerente de Monitoramento territorial e Geoinformação do IEF, Waldir Melo, toda a sociedade se beneficiará com informações relativas ao mapeamento do território mineiro, disponíveis na Plataforma de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE-Sisema). “Os empreendedores e proprietários rurais terão ao alcance subsídios para a gestão das propriedades e empreendimentos e poderão avaliar a vulnerabilidade ambiental no ato dos processos de regularização.
De acordo com ele, o mapeamento se faz necessário para subsidiar análises de processos autorizativos da supressão vegetal e de licenciamento ambiental, visando fornecer base de informações para aumentar a segurança jurídica dos corpos técnico governamental e dos empreendedores.
Waldir Melo também explicou que os resultados obtidos com o projeto fornecerão ao Sisema meios de aperfeiçoar sua capacidade de promover gestão ambiental regionalizada, de forma padronizada, por meio da IDE-Sisema. “Com regras mais claras serão eliminadas possíveis subjetividades na análise de processos, além de simplificar, desmistificar e desburocratizar a regularização ambiental no Estado”, afirmou.
Wilma Gomes
Ascom/Sisema