Live do IEF detalha trabalho de gestão da fauna em Minas Gerais

Notícia

Qua, 08 jul 2020


Fotos: Divulgação IEF

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Rafael Ferraz e Ênio Fonseca conversaram sobre a gestão da fauna  

 

Aspectos do trabalho de gestão da fauna e da reintrodução na natureza de animais silvestres foram tema de live realizada pelo Instituto Estadual de Florestas nessa terça-feira (07/07). A atividade reuniu o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Antônio Augusto Melo Malard, o superintendente regional do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ênio da Fonseca e a veterinária do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Belo Horizonte, Ericka Procópio Tostes Ferreira.  O trabalho teve a mediação de Rafael Ferraz, do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) de Patos de Minas.

 

O superintendente regional do Ibama em Minas, Ênio da Fonseca, observou que a oportunidade de falar sobre o assunto é uma questão que se apresenta desde que assumiu a Superintendência. A gestão da fauna é percebida pela sociedade como muito importante e o poder público é o setor que é entendido como responsável pelo acolhimento desses animais. “A fauna existindo nos biomas e vivenciando nos seus espaços territoriais é sinal de que tudo vai bem”, destacou.

 

A fiscalização é outro aspecto muito importante que se liga ao trabalho dos Cetas, responsáveis pelo acolhimento, cuidados, preparo e soltura desses animais, preferencialmente nas Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS). “Temos dezenas dessas áreas no Estado”, observou Ênio da Fonseca.

 

Ênio da Fonseca também lembrou da parceria história entre Ibama e IEF, desde o início da construção de novas unidades para recebimento de animais e reforma de outras já existentes. “Uma outra unidade está em construção pela Fundação Renova, em Nova Lima, como parte das medidas compensatórias decorrentes do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, e deve ser inaugurada dentro de um ano”, afirmou Fonseca.

 

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Antônio Malard falou sobre a parceria entre IEF e Ibama

 

O diretor-geral do IEF, Antônio Augusto Melo Malard, explicou que ainda há muito o que avançar, mas é notório que os resultados são positivos. “O acordo de cooperação entre IEF e Ibama estabelece regras mais claras e a competência de cada um”, afirmou. Ele se refere ao compromisso assinado entre as duas instituições para gestão compartilhadas dos Cetas e Áreas de Solturas (ASAS).

 

Atualmente, Minas Gerais possui três Cetas: o de Montes Claros, o de Juiz de Fora e o Belo Horizonte. Também opera o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) de Patos de Minas e, em breve, será inaugurada a unidade de Belo Horizonte. “Só com o apoio e o esforço de todos que atuam na gestão da fauna conseguimos uma média de reintrodução de 50% na natureza dos animais recebidos”.

 

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Ericka Ferreira abordou o trabalho no Cetas de BH

 

A veterinária do Cetas do IEF de Belo Horizonte, Ericka Procópio Tostes Ferreira, explicou que o trabalho no Cetas envolve uma equipe de biólogos, veterinários e voluntários. Os animais são provenientes de entregas de pessoas, apreensões feitas por fiscalizações realizadas por Ibama ou Semad.

 

“No caso do Cetas de Belo Horizonte, que opera em regime de parceria entre Ibama e IEF, os animais provenientes de apreensões de agentes estaduais são cuidados pela equipe do IEF, enquanto aqueles entregues por particulares são de responsabilidade do Ibama”, explicou Ericka Ferreira.

 

Ela observou, ainda, que é importante separar o que é fauna silvestre e o que é fauna doméstica. “Os animais domésticos podem ser criados em casa livremente, enquanto os silvestres têm regras: os espécimes têm de vir de criadouros, por exemplo”, explicou. Ericka Ferreira lembrou que os animais silvestres são facilmente reintroduzidos na natureza em função de sua memória genética.

 

Outro aspecto que foi abordado na Live foram os estágios e as formas de voluntariado não remunerado para interessados e estudantes. Eles serão retomados após a pandemia do coronavírus.

 

Denúncias de crimes contra a fauna podem ser feitas pelo número 181 (Disque Denúncia).

 

Emerson Gomes
Ascom/Sisema