Minas comemora proteção às suas florestas

Notícia

Qui, 22 set 2011


O Governo de Minas comemora o Dia da Árvore, nesta quarta-feira (21/09), com o cumprimento de metas importantes para a conservação da vegetação nativa em Minas Gerais. O pagamento a produtores rurais pela manutenção da cobertura vegetal original e a recuperação florestal de cerca de 17 mil hectares em áreas de todo o Estado são duas das ações que o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) vem desenvolvendo em prol da qualidade ambiental em Minas Gerais. 

Em agosto, o Estado efetuou o pagamento aos primeiros 54 produtores rurais beneficiados com o programa Bolsa Verde, que garante a remuneração pela conservação de áreas com cobertura vegetal nativa. “No total, serão 978 proprietários e posseiros rurais contemplados pelo programa que representará um investimento de R$ 6,8 milhões pela preservação de 32 mil hectares de vegetação em todo o Estado”, afirma o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Marcos Affonso Ortiz Gomes.

O Bolsa Verde foi aprovado pela em 2008 pela Lei Estadual nº 17.727 e a primeira seleção de projetos candidatos foi realizada em 2010. O programa tem por objetivo premiar e estimular os proprietários rurais de Minas que contribuem para a conservação da biodiversidade por meio da proteção das matas ciliares e áreas de recarga hídrica em suas propriedades. Atualmente, estão abertas as inscrições de projetos para pagamentos referentes a 2011. “Até o momento, já temos cerca de 2,1 mil projetos inscritos”, afirma Ortiz.

 O Programa tem como prioridade as propriedades e posses de agricultura familiar e aquelas com área total até quatro módulos fiscais, que mantenham áreas protegidas maiores que os exigidos pela legislação. Os recursos utilizados são provenientes do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro) e de multas aplicadas em função de infrações às leis que estabelecem as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado.  

Marcos Ortiz observa que o Bolsa Verde  também representa uma forma de educação ambiental importante junto aos produtores rurais. “Com a conservação da vegetação nativa, o produtor reavalia sua relação com a natureza, percebendo com mais clareza a importância e o valor da conservação da biodiversidade”, afirma.  

Recuperação 

Outro programa importante para a conservação florestal em Minas Gerais são os programas de fomento florestal desenvolvidos pelo IEF. Entre julho de 2010 e agosto de 2011, foram recuperados cerca de 16 mil hectares de áreas de vegetação nativa nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.  

O foco do trabalho é a proteção e recuperação de nascentes, matas ciliares e de topo e outras áreas degradadas. Ele é realizado em parceria com produtores rurais, prefeituras e organizações interessadas em promover a preservação dessas áreas. É o caso, por exemplo, do trabalho desenvolvido no sul de Minas pela Organização para o Bem da Água, da Natureza e da Vida (Amanhágua) que desenvolve ações de recuperação florestal no entorno do Parque Estadual da Serra do Papagaio.  

Marcos Ortiz observa que o IEF realiza ainda um trabalho importante na regulação das florestas plantadas no Estado. A instituição é responsável pelo disciplinamento dos Planos de Auto-Suprimento das empresas consumidoras de matéria-prima florestal, bem como do estimulo ao plantio de novas florestas.  

O diretor geral do IEF observa que nos últimos quatro anos foram plantados cerca de 80 mil hectares, utilizando espécies como o eucalipto e pinus. “Os plantios são essenciais para suprir o consumo da economia de Minas Gerais nos próximos anos, além de representarem uma redução na pressão sobre a vegetação nativa”, explica.  

Para Ortiz, a atuação do Instituto, além do viés ambiental natural, proporciona subsídios importantes para a economia mineira que, de forma similar ao que acontece em todo o mundo, depende das florestas para garantir o ciclo de produção. “É importante deixar claro que a floresta não é empecilho, mas um dos motores para o desenvolvimento da economia moderna”, completa.

Ascom/ Sisema