Minas suspende análise de novos projetos de manejo de Candeia

Notícia

Seg, 23 jul 2012



“A medida é necessária para que sejam feitos ajustes técnicos para utilização sustentável da Candeia”, afirma Magalhães. “A intenção é manter o aproveitamento sensato e equilibrado da espécie, que tem enorme importância ambiental e bom aproveitamento econômico, mas eliminando a exploração predatória”, completa.


Arquivo/Sisema
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O transporte e armazenamento da Candeia terá novas exigências, evitando irregularidades,
como a da foto, em que a madeira foi depositada em Área de Preservação Permanente


A Candeia é uma espécie do bioma Mata Atlântica que aparece em terrenos mais elevados, entre 800 e 1,3 mil metros de altitude. É uma espécie muito resistente, presente em campos abertos de solo arenoso, cuja exploração é uma alternativa atraente para inúmeros produtores rurais, já que tem baixo custo de produção e é de fácil reprodução. A Candeia também é valorizada por conter o óleo alfabisabolol que é bastante utilizado na indústria de cosméticos.

Para Adriano Magalhães, é necessário aperfeiçoar os mecanismos legais para garantir a exploração sustentável da Candeia. “Entre as mudanças, por exemplo, queremos definir regras para a construção da infraestrutura de apoio à atividade, como os locais de armazenamento e vias de escoamento da produção”, afirma o secretário.

Magalhães destaca ainda a intenção de ressaltar regras definidas em outras normas, mas que são válidas para a extração da Candeia. “É o caso da proibição de intervenção de Áreas de Preservação Permanente”, explica. “Queremos ainda que haja uma fiscalização mais intensa das áreas utilizadas para o manejo”, completa.

Até que seja elaborada outra norma, novos planos não serão autorizados. Os que já foram aprovados poderão manter suas atividades. “Um grupo de trabalho será montado no Sisema (Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) com participação do setor acadêmico e de toda sociedade, para definir novas metodologias e regras para a exploração da Candeia no Estado”, explica o secretário Adriano Magalhães.