Parque do Rio Doce recebe chancela como área úmida de importância internacional

Notícia

Ter, 22 dez 2009


A unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), localizada na região do Vale do Aço de Minas Gerais, será a primeira área do Estado a fazer parte da Lista de Zonas Úmidas de Importância Internacional, a Lista Ramsar, e a nona localizada no Brasil. O reconhecimento oficial está previsto para fevereiro de 2010, quando será realizada a cerimônia de  designação do sítio.

São consideradas zonas úmidas, áreas de pântanos e corpos de água, naturais ou artificiais, permanentes ou temporários. Os termos da convenção foram definidos em 1971, na Cidade iraniana de Ramsar e, inicialmente, visavam à conservação de zonas úmidas e de aves aquáticas. Com o decorrer do tempo, a área total passou a ser observada como um sistema de apoio à vida para a biodiversidade.

Os países que aderem à Convenção de Ramsar participam de um processo destinado a identificar os sítios em seus territórios com o objetivo de prestar especial atenção a sua conservação e a seu uso sustentável. 158 países são signatários da Convenção cuja lista inclui 1.757 Sítios Ramsar, num total de cerca de 161 milhões de hectares.

O gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Marcus Vinícius de Freitas, observa que o reconhecimento como Sítio Ramsar é uma chancela à importância da unidade para a conservação da biodiversidade da região. “O Parque está inserido em uma região que se configura como o terceiro maior ecossistema lacustre do Brasil, perdendo apenas para o Pantanal e a Amazônia”, afirma. Freitas observa que a medida garantirá uma divulgação internacional para o Parque que será importante para atrair pesquisas e investimentos.

A região possui 40 lagos naturais, dentre elas, destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até 32,5 metros. As lagoas abrigam uma grande diversidade de peixes, que servem de importante instrumento para estudos e pesquisas da fauna aquática nativa. A Mata Atlântica que domina a unidade é morada de espécies da avifauna como o chauá, jacu-açu, saíra e animais ameaçados de extinção como a onça pintada e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.

A diretora de Áreas Protegidas do IEF, Nádia da Silva Araújo, observa que mesmo sendo uma unidade de conservação criada por Decreto Estadual, a inclusão na lista dos Sítios Ramsar é um reconhecimento do Governo Federal e dos organismos internacionais da importância do Parque. “A proposta para inclusão do Parque foi defendida pelo Ministério do Meio Ambiente junto ao secretariado da Convenção Ramsar”, explica. Nádia lembra, ainda, que o Parque, por abrigar a maior área de Mata Atlântica de Minas, é considerado Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O Brasil é considerado o quarto país do mundo em superfície na Lista Ramsar. Possui oito Zonas Úmidas consideradas Sítios de Importância Internacional, o que equivale a cerca de 6,5 milhões de hectares. Além do Parque Estadual do Rio Doce, a Reserva de Desenvolvimento Sustentado Mamirauá (AM), a Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense (MA), o Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS), a Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses (MA), Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luiz (MA), a Ilha do Bananal, no Parque Nacional do Araguaia (TO), o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (MT) e a Reserva Particular do Patrimônio Natural do SESC Pantanal.

Fonte: Ascom/ Sisema

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