O evento foi realizado na sede da AMAJF, em Juiz de Fora, e teve a entrega dos últimos pagamentos por serviços ambientais aos produtores da região beneficiados pelo Projeto de Proteção da Mata Atlântica (Promata) na ação que inspirou o programa Bolsa Verde. No encontro, 70 produtores rurais da região receberam R$ 250 mil pela conservação de áreas de vegetação nativa em suas propriedades. Também foram apresentadas palestras sobre o trabalho desenvolvido para conservação e recuperação da Mata Atlântica na região e em Minas.
Pelo convênio, a AMAJF estimulava os proprietários rurais da região a protegerem áreas de matas nativas, recuperando áreas degradadas, especialmente as de Preservação Permanente, em nascentes e ao longo dos cursos d´água. Durante os três anos do convênio, 129 propriedades foram beneficiadas, que permitiram a conservação e recuperação de 2.000 hectares de Mata Atlântica.
Os produtores cadastrados receberam orientação técnica e materiais para cercamento e insumos para plantio como arame, adubo, formicida e mourões, além das mudas utilizadas nos plantios. No total foram utilizados cerca de 30 mil quilos de insumos, 31 mil mourões e 244 quilômetros de arames utilizados na construção de cercas de proteção aos locais em recuperação e na proteção de matas nativas. Foram utilizadas 108.769 mudas de diferentes espécies nativas do bioma.
A analista ambiental do IEF, Janaína Mendonça, explica que a AMAJF foi a instituição parceira no desenvolvimento de ações do Promata na região da Zona da Mata. Participaram do projeto proprietários rurais dos municípios de Juiz de Fora, Santos Dumont, Matias Barbosa, Simão Pereira, Bicas, Belmiro Braga e Ewbank da Câmara, Aracitaba, Pequeri, Antônio Carlos, Bias Fortes, Coronel Pacheco e Chácara.
“A parceria com os proprietários rurais deu certo porque o objetivo comum era a conservação e recuperação da Mata Atlântica e os produtores são os melhores guardiões desse tesouro”, afirma Janaína. “No total foram protegidos mais de dois mil hectares de áreas de Mata Atlântica”, completa.
Os produtores participantes do projeto receberam valores que variaram de R$140 a R$300 por hectare por ano de acordo com o estágio de conservação, além dos insumos para plantio e cercamento da área. “Os produtores beneficiados, agora, podem participar do programa Bolsa Verde”, explica.
A recuperação e conservação de áreas de vegetação nativa é uma das metas do Projeto Estratégico Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, inserido no Programa Estruturador Qualidade Ambiental do Governo de Minas. O IEF, instituição que integra o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), é responsável pelo trabalho que prevê a recuperação de matas nativas em 17 mil hectares anuais, objetivo que vem sendo alcançado nos últimos anos.
Ascom/ Sisema