A implantação das trilhas nos parques tem o intuito também de ordenar a visitação, garantindo segurança e comodidade aos visitantes e aperfeiçoar os acessos aos atrativos. Pretende-se com isso, proporcionar ao visitante uma visão diferente, revelando significados e estabelecendo um novo olhar para a natureza. As trilhas interpretativas são normalmente compostas por mensagens que apresentam informações relevantes e significativas.
De acordo com turismólogo do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Benito Drummond, a elaboração e construção de trilhas é uma ferramenta fundamental no ordenamento efetivo de uma unidade de conservação, canalizando o fluxo de visitantes para determinados setores e limitando o acesso a outros atrativos de maior valor ou fragilidade.
Parque Estadual do Pico do Itambé – Criado pelo Decreto 39.398/1998 o parque possui uma área de 6.520.33 hectares, abrangendo os municípios de Santo Antônio do Itambé, Serro e Serra Azul de Minas. A Unidade de Conservação abriga diversas riquezas naturais como cachoeiras, cursos d´água e rica vegetação. Várias nascentes e cabeceiras das bacias hidrográficas dos rios Jequitinhonha e Doce estão nos domínios do Parque.
Com vários atrativos naturais a UC tem um grande potencial turístico, destacando-se o Pico do Itambé com 2.052 metros de altitude. Outro atrativo é a trilha do Tropeiro, também conhecida como várzea da cobra, caminho bastante utilizado por tropeiros e moradores da região para descolamento entre os municípios de Santo Antônio do Itambé e Capivari.
O Parque ainda não tem estrutura para receber turistas, mas a visitação já acontece com o acompanhamento dos guarda-parques, sendo que em Capivari existe uma parceria com a Andarilhos da Luz (empresa agenciadora do ecoturismo na região), que levam os turistas ao Pico do Itambé com a autorização do responsável pela Unidade de Conservação.
De acordo com o Plano de Manejo do Parque, o Projeto de Trilhas foi dividido em três roteiros sendo: Roteiro conhecendo as Cachoeiras (Cachoeira do Neném, do Rio Vermelho, da fumaça e da Água Santa), Roteiro Formação de Montanhas e Vales (Trilha do Pico do Itambé) e Roteiro Tropeiros na Estrada (Trilha dos tropeiros).
Parque Estadual do Rio Preto – Criado em 1994, o PE do Rio Preto possui uma área de 12 mil hectares e é formado pelas antigas fazenda Boleiras, Alegrim e Curral no município de São Gonçalo do Rio Preto.
A região abriga nascentes de diversos córregos e rios, dentre os quais se destacam o Rio Preto, os Córregos da Égua, da Lapa e das Boleiras, formando cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras, sumidouros, cânion e praias fluviais com areias brancas.
O Parque possui uma das mais completas infraestruturas em unidades de conservação de Minas Gerais que inclui portaria, estacionamento e restaurante. O Centro de Visitantes possui um auditório para 70 pessoas, duas salas de reunião para 30 pessoas cada e uma sala para exposições. Doze alojamentos podem abrigar até 49 pessoas e a área de camping comporta até 15 barracas com quiosques, churrasqueiras, lavatório de pratos e roupas, vestiários e fonte de água potável.
O Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Preto por meio do Programa Temático de Uso Público e Educação Ambiental prevê o desenvolvimento de áreas destinadas à visitação de forma a obter o máximo benefício deste uso, com o mínimo impacto sobre o meio ambiente e de forma compatibilizada com outros usos previstos no Plano. Baseado nas propostas deste plano de manejo é que foi desenvolvido o Projeto de Trilhas, contemplado com recursos financeiros do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur/NEII) em sua segunda etapa, por meio do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS).
No Projeto de Trilhas do rio Preto foram desenvolvidos 4 roteiros temáticos sendo: Roteiro convivência com a Fauna e a Flora (Trilha do Cerrado, Trilha das Crianças), Roteiro Praias de rios e cachoeiras, (Trilha da Forquilha, Trilha para o Poço de Areia, Trilha das Corredeiras do Rio Preto, Trilha da Cachoeira da Sempre-Viva, Trilha da Cachoeira do Crioulo), Roteiro dos Mirantes, (Mirante do Monjolo, Mirante da Pedra, Mirante Estrada Real, Mirante da Lapa, Mirante do Lajeado), Roteiro Pinturas Rupestres, (Lapa do Tatu, Lapa dos Tropeiros, Lapa das Piabas e Moinho).
Visitação:
Os alojamentos e a área de camping devem ser reservados com antecedência junto à administração do parque.
Horário de visitação: 7 às 17 horas.
Telefone: (38) 3531.3919.
Como chegar:
A partir de Belo Horizonte, seguir a BR 040 sentido Brasília e, depois, acessar a BR 259 até Curvelo. Daí, seguir pela BR 367, sentido Diamantina. Após a cidade de Couto Magalhães, entrar na MG 214 até São Gonçalo do Rio Preto, por estrada de terra batida. De São Gonçalo até a portaria do Parque são 14 Km de estrada bem sinalizada.
Unidades de Conservação recebem novas trilhas para visitantes - IEF
Unidades de Conservação recebem novas trilhas para visitantes
Notícia
Qua, 16 mai 2012