O 3º FIA é promovido pela OSCIP Ambiente Brasil em parceria com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Participam do evento cerca de 220 pessoas, entre responsáveis pelo programa nas instituições onde o mesmo está implantado, representantes do 3º setor, de municípios e empresas. Nos dois dias deste encontro os participantes irão assistir a palestras, mesas redondas e participar de debates com especialistas nas áreas de meio ambiente e consumo consciente, promovendo trocas de experiências.
Um dos coordenadores do Programa AmbientAção, Frederico Baião, destaca que para esta 3ª edição o Fia se propõe a ser mais interativo, “no lugar das apresentações das instituições vamos fazer workshops para que todos possam participar e agregar experiências”, enfatiza Baião.
O vice-presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Gastão Vilela participou da abertura e ressaltou a importância em conscientizar e promover a mudança de atitudes. O presidente da ONG Ambiente Brasil, Luiz Eduardo Fontes, falou dos desafios para o próximo ano, e destacou que “o principal desafio será a implantação do programa na Cidade Administrativa a partir de janeiro de 2010”.
O Ministério Público (MP) Estadual esteve representado na abertura pelo diretor, Fernando Abreu que falou da experiência da implantação do programa no prédio do MP. “Foi impressionante o envolvimento das pessoas com a proposta do AmbientAção. Já o adotamos na capital e o próximo passo é leva-lo para outros 10 escritórios de MP no Estado”, ressaltou Abreu.
O coordenador administrativo-financeiro do CMRR, Ricardo Cruz, representou a diretora executiva Denise Bruschi nas boas vindas ao FIA. Ricardo destacou o trabalho do Centro Mineiro na captação e disseminação de conhecimento a cerca da gestão de resíduos. “Somos uma iniciativa pioneira e nossa missão é avançar na minimização da geração, no reuso e na reciclagem de resíduos”, afirmou Cruz.
Parceria Recóleo
Ainda com o objetivo de disseminar boas práticas ambientais, foi apresentada, durante a abertura do 3º FIA, a parceria do Governo de Minas com a empresa Recóleo, para implantação da coleta de óleo de cozinha usado nos prédios públicos do Governo do Estado.
A parceria, iniciada desde a última semana, resultou em um projeto piloto com a instalação de dois coletores nos prédios da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e do Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR). A entrega do óleo usado pode ser feita pelos servidores e pelos freqüentadores da Feam e também pela comunidade do entorno do CMRR.
Parceria
O interesse pela parceria partiu da Feam, por meio do programa AmbientAção, que tem o objetivo de sensibilizar o servidor público e os cidadãos que freqüentam os órgãos do Governo sobre a importância de atitudes ambientalmente corretas.
Segundo o coordenador técnico do programa AmbientAção, Ricardo Botelho, a parceria para reciclagem do óleo de cozinha residual surgiu da necessidade de dar um destino alternativo e adequado para o resíduo. Segundo ele, a coleta do óleo vem somar aos resíduos já coletados pelo programa, como o papel, o metal, o plástico, o vidro, as lâmpadas fluorescentes e as pilhas. “Antes de fazermos a parceria, fizemos uma pesquisa prévia no Sistema Estadual de Ambiente (Sisema), junto aos servidores, quando identificamos a demanda pelo descarte deste tipo de resíduo. Essa coleta no ambiente de trabalho oferece alternativas que facilitam o cotidiano do servidor na sua residência, o que faz com que o projeto ganhe sua simpatia e adesão”, ponderou Ricardo Botelho.
Segundo Ricardo, a empresa Recóleo possui licença ambiental para exercer a coleta de óleo de cozinha residual e oferece a infraestrutura necessária para a efetivação da parceria. “A Recóleo será responsável pela instalação dos coletores e pelo recolhimento do resíduo. Antes de concretizarmos a parceria, fizemos várias visitas à empresa para conhecer seu trabalho. O nosso objetivo é ampliar a instalação dos coletores em 2010, que será possível devido à Cidade Administrativa”, explicou.
Destinação ecologicamente correta
Depois de recolhido pela Recóleo, o óleo de cozinha usado passa por um processo de filtragem e decantação. Após o tratamento, ele serve como matéria-prima para produção de biodiesel, ração e material de limpeza.
A empresa, instalada em Belo Horizonte, teve início em 2004 e atualmente realiza coleta em 42 municípios mineiros. A Recóleo possui parceria para recolhimento do óleo com igrejas, padarias, restaurantes, com as prefeituras de Três Pontas, no Sul de Minas, e Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Além das parcerias, a Recóleo também desenvolve trabalho de educação ambiental em escolas públicas e privadas, incluindo distribuição gratuita de cartilha que aborda a importância do descarte ambientalmente correto do resíduo.
Com o objetivo de descobrir novas utilidades para o aproveitamento do óleo de cozinha residual, além de investir na educação ambiental, a Recóleo possui parcerias com a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) e com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Segundo a diretora administrativa da Recóleo, Nívea Freitas, estudos apontam que um litro de óleo polui cerca de um milhão de litros de água, o equivalente ao consumo de água potável de uma pessoa por 14 anos. “Logo quando surgiu o biodiesel, vimos que o óleo de cozinha seria uma alternativa de matéria-prima. No início o trabalho era muito difícil, pois todos achavam que era melhor jogar o resíduo no bueiro”, relembra Freitas.
Fonte: Ascom/ Sisema
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