O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães recebeu, na manhã desta terça (19/11), um estudo com os resultados obtidos pelo programa Bolsa-Reciclagem nos seus dois anos de existência. A entrega aconteceu na reunião especial ‘Reciclando Vidas’ promovida e realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O estudo foi elaborado pelo consultor, José Cláudio Junqueira, um dos idealizadores do Bolsa-Reciclagem, programa que remunera associações de catadores de material reciclável em todo o Estado. Na apresentação, ele destacou o ineditismo da iniciativa que já beneficia 77 organizações e cerca de 1,5 mil catadores de Minas Gerais. “Não é uma bolsa assistencialista, mas o pagamento por um serviço prestado”, afirma.
Foto: Guilherme Bergamini - ALMG
Secretário Adriano Magahães (dir.) durante o evento 'Reciclando Vidas', na Almg. Também na foto, da esquerda para diretira Ana Guimarães (vice-presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social - Servas), 'dona Geralda' (presidente da Associação dos Catadores de Papelão e Material Reaproveitável - Asmare) e o deputado Dinis Pinheiro (presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais)
O secretário Adriano Magalhães destacou os ganhos ambientais que a reciclagem de materiais gera. “O programa estimula o debate sobre a reciclagem, valoriza os resíduos e provoca mudança de hábitos na sociedade”, ressalta. Magalhães observou que pagamentos do Bolsa-Reciclagem já realizados somaram R$ 4,l2 milhões, em 2012 e 2013 e que, no próximo ano, devem ser de R$ 4 milhões.
A presidente da Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável, Maria das Graças Marçal, a dona Geralda, comemorou o reconhecimento do trabalho realizado por ela e seus colegas. “Os catadores nunca foram reconhecidos como trabalhadores, sempre sendo misturados ao lixo e essa bolsa valoriza nosso trabalho e seus aspectos social e ambiental”, afirmou.
O Bolsa-Reciclagem foi instituído pela Lei 19.823, em 2011. O incentivo é concedido trimestralmente às cooperativas e associações, sendo que 90% são destinados aos catadores. O restante pode ser utilizado para despesas administrativas, infraestrutura, equipamentos, formação de estoque de materiais recicláveis e capacitação de associados.
Emerson Gomes
Ascom Sisema