A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) divulga, na próxima segunda-feira (08), durante coletiva de imprensa, os resultados do diagnóstico da geração de resíduos eletroeletrônicos em Minas Gerais. A coletiva acontece no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), situado à rua Belém, 40, bairro Esplanada, às 15h30.

O diagnóstico aponta que o Brasil gera, atualmente, em torno de 680 mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos (REEs), provenientes de telefones celulares e fixos, aparelhos de televisão, computadores, rádios, máquinas de lavar roupa, geladeiras e refrigeradores. Além de conterem materiais que podem ser reciclados e recuperados, estes equipamentos possuem várias substâncias tóxicas e poluentes como os metais pesados. O manuseio ou descarte incorreto dos REEs têm potencial de causar problemas à saúde humana e ao meio ambiente, por meio da contaminação, principalmente do solo e das águas subterrâneas.

Segundo o presidente da Feam, José Cláudio Junqueira, o estudo foi realizado com o objetivo de estimar, preliminarmente, a geração atual e futura dos resíduos eletroeletrônicos e auxiliar decisões na busca pela solução dos conseqüentes problemas ambientais advindos do gerenciamento inadequado desses resíduos. A Feam pretende, então, com o estudo, iniciar discussões que envolvam a elaboração de normativas para implementação de políticas públicas relativas à gestão deste tipo de resíduos no estado de Minas Gerais, além de apresentar ao CONAMA sugestões de âmbito nacional.

Para Minas Gerais, que passou a contar neste ano com uma legislação específica (Lei nº 18.031/09) para a gestão de resíduos sólidos, o diagnóstico vai permitir avanços na busca de soluções para reduzir o impacto provocado por estes resíduos, que se avolumam em aterros sanitários, quando não são descartados de forma inadequada, como geralmente ocorre. O presidente da Feam não descarta, também, a criação de uma proposição para redução de ICMS ou a criação de outro tipo de incentivo para fabricantes, importadores e comerciantes que recolham produtos que esgotaram o seu tempo de vida útil, vendam produtos ecológicos ou desenvolvam tecnologias para a segregação de componentes, principalmente placas, que contêm metais pesados. 

Na coletiva, serão apresentados os resultados do diagnóstico dos resíduos de telefones celulares, computadores e televisores gerados a cada ano, por habitante, além da contextualização do assunto e a análise do fluxo de geração de resíduos eletroeletrônicos. O estudo apresentará, também, resultados relativos ao Brasil e à Região Metropolitana de Belo Horizonte até o ano de 2030.

Fonte: Ascom/ Sisema

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