Foto: Divulgação Feam
Uma equipe multidiscilplinar foi montada para trabalhar no Programa Gestão de Barragens da Feam
Após análise curricular, entrevista e avaliação de perfil profissional, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) selecionou 12 técnicos qualificados e com experiência prática para atuação no seu Núcleo de Barragens. Os técnicos, selecionados entre 80 candidatos, foram contratados para vagas de recrutamento amplo. Essas vagas foram criadas na reforma administrativa do Estado aprovada pela ALMG, que possibilitou a contratação para reforçar o Programa de Gestão de Barragens da Feam e desenvolver as atribuições definidas na Política Estadual de Segurança de Barragens.
Os novos servidores públicos vão auxiliar no acompanhamento e monitoramento das barragens no Estado, o que vai beneficiar o desenvolvimento do programa de gestão de barragens como um todo. Nessa segunda-feira (7/10), eles foram recebidos pelo secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, pelo presidente da Feam, Renato Brandão, e pelo subsecretário de Regularização Ambiental, Anderson Aguilar, para uma reunião de boas-vindas e apresentação de diretrizes do Sisema. Saiba mais em www.feam.br.
O secretário destacou aos servidores o quanto a Gerência de Gestão de Resíduos ganha com a chegada do novo efetivo. “Sempre tivemos uma equipe de ponta, que só terá a ganhar com esse reforço. Vamos trabalhar, no Sisema, de forma integrada e apoiando os demais órgãos ambientais ligados à gestão de barragens em Minas, a fim de tornar a mineração, que é uma atividade tão importante para Minas, cada vez mais sustentável”, afirmou Germano Vieira. Ele ainda ressaltou ao grupo a interface que eles terão com outros órgãos, como a Agência Nacional de Mineração, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), o Ministério Público, o Comitê Pró-Brumadinho, entre outras instituições.
A chegada dos profissionais foi destacada por Renato Brandão como fator importante na garantia da estruturação do Núcleo para que a Feam continue sendo referência no trabalho com barragens, fazendo uma gestão cada vez mais efetiva dessas estruturas.
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Na lista dos selecionados está a engenheira ambiental Laís Emily de Assis, que é mestre em Engenharia Civil e Geotécnica Analítica e Experimental e doutoranda em Geotecnia pela Universidade Federal de Viçosa. “Considero que meu trabalho na Feam será muito relevante. Será um trabalho muito grandioso pois foi montada uma equipe multidisciplinar e todos os profissionais estão vindo para somar, não somente na parte de licenciamento, mas também nas formas de recuperação. Vamos trabalhar também na parte de fechamento de mina e na recuperação de áreas degradadas e creio que será também uma forma de abrir o leque de conhecimento”, afirmou.
Laís tem experiência profissional em avaliação de risco geológico e geotécnico em planos municipais de redução de risco, que também envolvem processos geológicos e hidrológicos em relação a deslizamentos de terra e processos de mineração. “Acho que poderei somar muito à equipe na área de conhecimento de mapeamento e cartografia geotécnica de detalhe”, disse.
Outra selecionada foi a engenheira de Minas Mariana Martins Correia, que cursou Engenharia Civil na França e é mestre em Liquefação em Barragem de Rejeito. Segundo ela, desde o rompimento da barragem da Vale, em Mariana, ela estuda as barragens e os tipos de ruptura que podem acontecer. “Minhas expectativas são, a princípio, ajudar na compreensão do estado atual da mineração no Estado. Tem-se percebido que estruturas de grande porte de barragens de rejeitos possuem alguma falha no monitoramento ou até mesmo no tipo e normalização, então, entender onde estão essas falhas e conseguir sanar e neutralizar esses problemas são meus objetivos como profissional", afirma.
Como profissional da área, ela explica a importância da mineração, quando feita de forma segura e sustentável. “Muitas vezes a mineração é demonizada, mas, para termos o tipo de vida que temos hoje precisamos da mineração. Não conseguimos seguir sem a mineração e nosso papel é deixá-la o mais sustentável e segura possível. Encaro esse desafio como uma oportunidade para que eu coloque em prática todo meu conhecimento científico e acadêmico e ajude o Estado de Minas Gerais a encontrar caminhos para que novos desastres não ocorram”, afirmou.
Valquiria Lopes
Ascom/Sisema