Fotos: Viviane Lacerda
Técnicos acompanham trabalho de análise do rejeito e fiscalização se a remoção está sendo feita de forma adequada
As atividades das equipes de fiscalização do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) foram intensificadas em Brumadinho, na área atingida pelo rompimento da Barragem 1, da Mina Córrego do Feijão, da Vale. Equipes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) cumpriram agenda de fiscalização no local nessa quinta e sexta-feira, 2 e 3 de maio, para verificar se as ações acordadas em reuniões entre o governo e a empresa têm sido cumpridas.
A ação envolveu equipes do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) e da Diretoria de Fiscalização de Recursos Hídricos, Atmosféricos e do Solo, ambos da Semad, e da Gerência de Resíduos Especiais da Feam. O objetivo foi verificar as atividades de coleta, destinação e armazenamento dos resíduos retirados das áreas atingidas pela lama que vazou da barragem.
Ao romper, a Barragem 1 despejou cerca de 10 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Três milhões de metros cúbicos de rejeitos estão sendo armazenados em pilha estéril e os outros 7 milhões foram encaminhados para a cava da Mina Córrego do Feijão, que está inativa. “Essa logística está sendo feita aos poucos, pela equipe da Vale, na medida que o Corpo de Bombeiros libera a retirada desses rejeitos”, explicou o gestor ambiental da Semad, Edilson José Maia Coelho.
O servidor explicou que ainda há áreas onde os bombeiros trabalham na tentativa de encontrar corpos de vítimas da tragédia que permanecem desaparecidas e, por isso, esses trechos não podem ter ação de remoção de rejeitos. A equipe também fiscalizou os pontos para onde parte dos rejeitos têm sido levados temporariamente, até serem armazenados definitivamente nos locais mencionados. Segundo o servidor, a remoção está sendo feita adequadamente.
A equipe fiscalizou ainda como ocorre a coleta, destinação e armazenamento de resíduos perigosos, como óleos, combustíveis e graxa, que de acordo com o analista da Gerência de Resíduos Especiais, Omar José Vale do Amaral, exige atenção. “A destinação desses resíduos necessita de tratamento e disposição especiais e precisa ser ambientalmente adequada, em função de suas características”, explica, lembrando que esse tipo de produto pode causar contaminação do solo e risco à saúde humana e animal. Durante a fiscalização, as ações para o destino correto desses resíduos estavam de acordo com a legislação vigente.
Equipes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) monitoram ações da Vale na área atingida pelo rompimento da barragem
REDUÇÃO DO IMPACTO
Atuando desde o dia do rompimento da Barragem 1, da Vale, a equipe do NEA determinou várias ações para redução do impacto ambiental na região atingida como: delimitação dos cursos d’água, verificação dos impactos ambientais gerados de imediato e monitoramento das áreas impactadas. Na fiscalização desta semana, o gestor ambiental do NEA José Alves Pires fiscalizou a recolhida, destinação e armazenamento dos resíduos e também avaliou a possibilidade de contaminação do solo por resíduos perigosos durante o manejo da lama de rejeitos. A área técnica ainda fiscalizou a situação das sucatas encontradas, como peças de automóveis, máquinas, transformadores, tratores, entre outros, e verificou o cumprimento dos prazos das obras para dragagem de rejeitos depositados no leito do Rio Paraopeba e da captação da água para tratamento.
As reuniões entre as equipes de fiscalização do Governo de Minas e representantes da Vale ocorrem semanalmente, para análise do cumprimento das ações acordadas entre as partes no que diz respeito ao reparação dos danos causados ao meio ambiente e à população impactada pelo desastre.
Equipes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) monitoram ações da Vale na área atingida pelo rompimento da barragem
Técnicos acompanham trabalho de análise do rejeito e fiscalização se a remoção está sendo feita de forma adequada.
Viviane Lacerda
Ascom/Sisema