Índice irá funcionar como ferramenta de gestão para medir ecoeficiência de empresas

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Criado: Qui, 19 nov 2009 16:35 | Atualizado: Ter, 12 nov 2024 23:05


Reconhecer o esforço das indústrias que vão além do que está previsto em lei e que se esforçam para ter uma produção mais limpa. É isso, de acordo com o presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), José Cláudio Junqueira, o que o Índice de Produção mais Limpa, desenvolvido pela Feam e apresentado nesta quarta-feira (18) no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) durante o Seminário Índice P+ L : Em Busca da Sustentabilidade, pretende ajudar o Governo de Minas a fazer. Durante a abertura do evento, Junqueira destacou a importância do Índice como ferramenta de gestão e afirmou que uma proposta para beneficiar empreendimentos ecoeficientes será apresentada, em breve, ao Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). 

A idéia de criar uma ferramenta capaz de medir o nível de produção mais limpa nas indústrias de transformação surgiu, de acordo com Junqueira, a partir da apresentação dos Indicadores Ambientais, desenvolvidos pela Feam. "Percebemos que faltava algo para as empresas adotarem. Partimos do pressuposto que a produção mais limpa é uma obrigação. Mas qual o esforço que as indústrias têm feito para produzir gastando menos energia, usando matérias-primas mais amigáveis e gerando resíduos com maior capacidade de reciclagem?", questiona o presidente. Segundo Junqueira, é importante para o Governo reconhecer esse esforço. "Para isso, desenvolvemos uma forma de se medir o que tem sido feito nas indústrias de transformação", afirma, citando o índice P+L. 

Para o desenvolvimento do índice foi contratado um consultor, especialista em produção mais limpa, e os trabalhos iniciais foram realizados apenas com dados já existentes no Sistema Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema). “Queríamos ver o resultado do trabalho usando apenas essas informações. Definimos, então, alguns empreendimentos de seis segmentos industriais: siderurgia, laticínios, curtume, cimenteiras, têxtil e metal/mecânica e buscamos levantar os dados necessários, tais como consumo de energia ou materiais, geração de efluentes ou resíduos e o grau de reciclabilidade do produto produzido”, explica o engenheiro ambiental e analista da Feam, Felipe Gomes, um dos responsáveis pelo trabalho.

Na segunda fase do estudo foi selecionada uma empresa de cada um dos setores para o desenvolvimento de um projeto piloto. Elas foram convidadas a participar fornecendo dados utilizados na validação da metodologia. Concluído o estudo, foi definido um método de cálculo para o Índice P+L que, agora, pode ser aplicado a diversos segmentos da indústria de transformação. O índice, que pode variar entre zero e um, tem o objetivo de subsidiar a tomada de decisão na definição de ações para melhoria do processo produtivo a fim de torná-lo mais ecoeficiente, bem como no estabelecimento de políticas públicas para os diversos setores.

Segundo Gomes, uma das metas deste índice é o desenvolvimento de um programa voluntário, no qual empresas com um bom desempenho possam receber alguma forma de bonificação por essas ações desenvolvidas. “Essa é uma nova ferramenta na gestão ambiental, que busca possibilitar um novo mecanismo de trabalho diferente ao comando e controle”, completa o engenheiro ambiental.

No primeiro dia de evento, representantes de indústrias como ArcellorMittal, Itambé, Cedro Têxtil e Holcim do Brasil apresentaram suas experiências em Produção mais limpa e indicadores ambientais nelas implementados. Nesta quinta-feira (19) segundo e último dia de evento, a programação começa às 9h com apresentação de trabalhos em produção mais limpa desenvolvidas em São Paulo, além de palestras de representantes da Fiemg e do Centro Nacinal de Tecnologias Limpas (CNTL).

Fonte: Ascom/ Sisema

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