O seminário P+L: Em Busca da Sustentabilidade, promovido pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), terminou nesta quinta-feira (19) com a apresentação do desenvolvimento e alicação do índice de produção mais limpa (P + L). Essa ferramenta de gestão, capaz de mensurar a evolução dos níveis de ecoeficiência dos processos produtivos na indústria de transformação, poderá ser adotada pelo Governo de Minas a fim de reconhecer o esforço de empreendimentos que trabalhem de forma ecoeficiente.
De acordo com o pesquisador Luiz Ignácio de Andrade, responsável pela elaboração do trabalho, o desenvolvimento do índice permitiu a padronização de uma metodologia única para a avaliação do desempenho ambiental dos empreendimentos, focada nas práticas de ecoeficia e P+L. O método de cálculo contempla 21 indicadores que abrangem cinco temas: materiais, água e efluentes líquidos, energia, resíduos sólidos e emissões atmosféricas. "Quando falamos em ecoeficiência, falamos em aproveitamento de materiais e uso desses recursos de forma mais responsável possível", ressalta Andrade.
Em relação ao indicador ‘materiais’, foi avaliado o consumo de matéria-prima por produto produzido, o percentual de matérias-primas renováveis utilizadas e o de matérias-primas recicladas utilizadas bem como o consumo de produtos perigosos por produto produzido. No quesito água e efluentes líquidos, foram verificados o uso total de água por produto porduzido, o consumo de água captada por produto produzido, o percentual de água reciclada ou reutilizada no empreendimento, a geração de efluentes líquidos industriais por produto produzido, a carga poluidora do efluente líquido bruto por produto produzido e o grau de sobre-atendimento dos padrões de efluentes líquidos.
No caso da energia, foi avaliado o consumo de energia e de energia elétrica por produto produzido e o percentual de energia consumida gerada a partir de fontes renováveis. Já em relação aos resíduos sólidos, foram verificadas a geração de resíduos e a geração de resíduos perigosos por produto produzido e os percentuais de resíduos sólidos aterrados, incinerados, destinados ao aproveitamento energético e reciclados, reutilizados ou reaproveitados. Para o tema emissões atmosféricas, o trabalho avaliou a emissão de gases efeito estufa e da carga de material particulado por produto produzido e o grau de sobre-atendimento dos padrões de emissões atmosféricas.
Para o teste da metodologia desenvolvida, foram selecionados cinco setores produtivos de Minas Gerais: Siderurgia, cimento, textil, laticínios, curtumes e metal-mecânico (com foco no setor de autopeças). No entanto, os técnicos ressaltam que isso não significa que a metodologia seja aplicável apenas a esses setores. O método consolidado deverá se estender aos demais segmentos e aplicado nos mais variados segmentos da indústria de transformação para avaliação dos processos produtivos e do setor industrial de Minas Gerais.
Fonte: Ascom/ Sisema
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