Minas apresenta medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas durante COP27

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Criado: Qui, 10 nov 2022 19:09 | Atualizado: Ter, 12 nov 2024 23:05


Foto: Renata Araújo
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Marília respondeu sobre as soluções para fazer com que a mudança do clima seja feita de forma mais célere


O Governo de Minas finalizou o quarto dia de participação direta na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), que acontece na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito. Nesta quinta-feira (10/11), a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, apresentou, em duas oportunidades, medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas que estão sendo adotadas pelo estado.

 

A secretária iniciou o dia participando de uma reunião com cerca de 20 convidados, com o objetivo de alinhar prioridades, mensagens e discutir questões estratégicas para a COP e o futuro do enfrentamento da crise climática. A secretária foi a única representante de um governo subnacional presente na conversa, coordenada pelo britânico Nigel Topping, que presidiu a COP26, sediada em Glasgow, na Escócia, no ano passado.

Em sua fala, Marília destacou a conclusão do 4º Inventário de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, ferramenta que identifica os setores e subsetores que mais emitem gases de efeito estufa, subsidiando, assim, a elaboração de um planejamento estratégico de redução de emissões em todo o estado. Ela detalhou os resultados do documento.

De acordo com o inventário, o principal setor responsável pela emissão de gases de efeito estufa em Minas é o chamado AFOLU, que engloba agricultura, pecuária e uso do solo. O globo de atividades representa 49% das emissões. Em segundo lugar vem o setor de energia, responsável por 27%. Vale destacar, no entanto, que Minas detém a liderança nacional na produção de energia fotovoltaica na modalidade geração centralizada, que leva em consideração os grandes complexos geradores solares.

Marília também ressaltou o desafio de restaurar a cobertura vegetal de Minas e regulamentar o código florestal, em especial as pequenas propriedades rurais. Por fim, a secretária disse que os estados sabem o caminho que querem trilhar para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, sobretudo em relação às ações que precisam ser aplicadas, mas pontuou a importância de se ter parceria com países desenvolvidos, principalmente em questões de financiamento.

Voz aos estados

Na sequência, Marília participou do evento "Um destaque sobre as contribuições dos estados e regiões para a Global Stocktake", que consiste na métrica para a implementação do Acordo de Paris voltada para monitorar e avaliar o progresso coletivo alcançado no cumprimento dos objetivos acordados. O objetivo do evento foi dar voz aos governos regionais para que eles apresentassem suas experiências e progressos na implementação de ações concretas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

A secretária, ao lado de autoridades do México e do Quênia, respondeu sobre as soluções para fazer com que a mudança do clima seja feita de forma mais célere. “Em minha opinião, a forma mais rápida é estabelecer prioridades. Isso é um ponto essencial e estamos trabalhando nisso em nosso estado”, disse.

Além do Inventário de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, Marília destacou no evento a elaboração do Plano Estadual de Ação Climática, previsto para ser publicado em dezembro. O documento tem o objetivo de desenvolver cenários para zerar emissões até 2050 e adotar uma meta intermediária de redução das emissões de gases de efeito estufa para 2030, contribuindo com o Acordo de Paris que limita o aumento da temperatura global a 1,5°C.

Outro ponto abordado por Marília se refere à cobertura vegetal do estado. De acordo com a secretária, a meta é reflorestar 3,4 milhões de hectares em todo o território mineiro. “São fases importantes que permitem definir as prioridades, então, começamos com ações locais. Estou segura que essas ações locais são muito mais importantes quando pensamos nessas soluções globais”, avaliou.

Matheus Adler
Ascom/Sisema