Foto: Renata Araújo
Marília integrou uma roda de conversa sobre construção de respostas eficazes à emergência climática
O Governo de Minas segue participando ativamente de conversas durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), que acontece na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito. Nesta quarta-feira (9/11), a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Marília Melo, fez parte de uma roda de conversa sobre construção de respostas eficazes à emergência climática.
O diálogo foi promovido pela organização não-governamental ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade, que tem como foco governos locais e autoridades ambientais. O principal objetivo da conversa foi promover uma agenda ampliada de inovação climática, com ênfase em estados e municípios. A agenda ampliada tem como intuito aproveitar tecnologia, novas soluções e governança multinível para criar respostas rápidas à emergência climática.
Os participantes da mesa foram perguntados sobre questões relativas à ação climática. Marília Melo, por exemplo, respondeu sobre qual a característica mais importante para definir inovação na ação climática. Ela pontuou que as características dependem da realidade com a qual a sociedade está lidando.
A secretária também citou alguns desafios comuns enfrentados nas cidades da América Latina, como garantir segurança no abastecimento público, que é fortemente impactado por eventos meteorológicos extremos, e evolução dos sistemas de transportes urbanos públicos que desestimulam o uso de transporte particular.
“Assim, a inovação deve ter aderência à realidade local, mas especialmente às condições sociais e econômicas de cada região. Essas são características da inovação chave inclusive para garantir a sua implementação. Essa é uma questão da aplicação da inovação para a realidade”, frisou Marília.
Próximos passos da agenda climática
Em outra parte do diálogo, a secretária foi perguntada sobre qual direção que a expansão da inovação da agenda climática precisava ir para assegurar eficiência na escala de estados e municípios. Marília respondeu que a expansão precisa, primeiro, ter aderência ao cenário, às prioridades e à realidade local. Como exemplo, ela citou inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa e planos de ação climática para que as prioridades sejam identificadas.
“Aí entra a escolha ou validação da adequação tecnológica ou inovação às prioridades definidas. Não podemos incorrer no erro de soluções não aderentes, sob o risco de falirmos na implementação das ações. A aderência da inovação se relaciona com a sua capacidade de implementação, manutenção, mas especialmente financiamento, entendendo as limitações sociais e econômicas de cada região”, pontuou.
Por fim, Marília citou três vertentes fundamentais para a inovação da agenda climática: mobilidade urbana; ferramentas para subsidiar o enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas locais tendo como parâmetro soluções baseadas na natureza; e inclusão social sob o foco da mitigação.
Matheus Adler
Ascom/Sisema