NEA participa de treinamento do Corpo de Bombeiros sobre produtos perigosos

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Criado: Ter, 18 fev 2020 20:43 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:56


Corpo de bombeiros/divulgação
FotoFeaminterna
O analista ambiental do NEA, Newton Pascal, à direita, detalhou o trabalho realizado pelo Núcleo da Feam


O atendimento às ocorrências de acidentes envolvendo produtos químicos que colocam em risco o meio ambiente e a saúde humana foi tema de um treinamento realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, nesta terça-feira (18/02), em Uberaba, no Triângulo Mineiro. A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), por meio do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA), atuou como parceira no seminário aplicado aos militares e a empresários da região. 

O objetivo do treinamento foi proporcionar aos bombeiros uma qualificação sobre o tema, além de integrar os órgãos envolvidos. Além da Feam, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), empresas que fazem o transbordo de cargas perigosas e empresários que desenvolvem atividades industriais na região também foram convidados a participar do seminário. 


Comandante do 8º Batalhão da corporação, em Uberaba, o tenente-coronel Anderson Passos, explicou que militares de cidades vizinhas participaram do evento. Bombeiros lotados em Belo Horizonte também estiveram na cidade e levaram a experiência do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (BEMAD). 


A escolha do Triângulo Mineiro, explicou Passos, se deu pela intensa atividade industrial na região e pela reincidência de acidentes com cargas perigosas nas rodovias que margeiam a região. “Nós temos em Uberaba o Pelotão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Pemad) que faz a primeira resposta aos acidentes. Então, o intuito é capacitar melhor”, diz. “No caso dos acidentes com veículos que transportam combustível, por exemplo, as rodovias ficam fechadas por um tempo longo, por isso, precisamos trabalhar de maneira integrada”, assegurou o tenente-coronel. 


O militar ainda destacou a parceria com o NEA. “São dois órgãos que se complementam com informações. Em alguns casos o NEA tem conhecimento das ocorrências e nos repassa essa informação e vice-versa. É uma parceria muito importante e que gera bons resultados ao meio ambiente no ciclo de atendimento deste tipo de ocorrência”, acrescentou. 


Renato Brandão, presidente da Feam explica que o NEA atua em integração com outros órgãos para dar respostas cada vez mais eficientes na contenção dos danos ao meio ambiente nesses acidentes. “Esse treinamento junto ao Corpo de Bombeiros vai ao encontro dessa proposta e é também uma maneira de mostrar todos os riscos que estão associados a estas emergências. Outro fator a se destacar é a atenção sobre a nova legislação que trata do transporte de produtos e tudo isso leva ao objetivo de prevenir e minimizar riscos também à população”, frisou.


O analista ambiental do NEA, Newton Pascal, foi um dos palestrantes do treinamento. Ele falou sobre as diretrizes de trabalho do núcleo e ressaltou a mudança apresentada no decreto 47.837/2020. Com a publicação do texto, passou a ser obrigatória a comunicação ao Corpo de Bombeiros ou à Polícia Rodoviária Federal os acidentes envolvendo cargas perigosas em rodovias. 


“É uma mudança que pode dar mais celeridade ao atendimento e, por consequência, diminuir o dano ambiental”, frisou Pascal. Durante a palestra, ele apresentou os dados de ocorrências atendidas pelo NEA no último ano. “A gente mostrou que 77% dos acidentes com produtos perigosos atendidos no Estado ocorreram no transporte rodoviário. E o Triângulo Mineiro é uma região com muitas ocorrências, assim como o Alto Paranaíba”, finalizou.


Experiência


Em novembro do ano passado, o Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) da Feam e o Corpo de Bombeiros também atuaram de maneira conjunta, durante o Seminário de Emergência Ambiental, evento organizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Na ocasião, os militares atuaram em um simulado de atendimento a uma ocorrência de acidente com carga perigosa.


Simon Nascimento

Ascom/Sisema