O Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) divulga nesta semana o resultado da Operação Watu – Fase II, realizada em dezembro de 2016. As ações de acompanhamento dos trechos atingidos pelos rejeitos decorrentes do rompimento da barragem de Fundão e prioritários para recuperação são fundamentais para o Governo de Minas.
A segunda fase da Operação Watu (rio Doce na língua indígena Krenake) teve como objetivo atualizar as informações coletadas na primeira fase, realizada em novembro de 2016, e avaliar o avanço e a eficácia das ações tomadas pela Samarco Mineração e pela Fundação Renova.
A segunda fase da Operação Watu (rio Doce na língua indígena Krenake) teve como objetivo atualizar as informações coletadas na primeira fase, realizada em novembro de 2016, e avaliar o avanço e a eficácia das ações tomadas pela Samarco Mineração e pela Fundação Renova.
Dada a dimensão da área afetada pelo desastre optou-se por trabalhar, inicialmente, com 16 trechos prioritários, que foram selecionados com base em critérios técnicos, levando em consideração o período chuvoso e o comportamento dos cursos hídricos nesse período. Os locais definidos como prioritários foram submetidos à aprovação do Comitê Interfederativo (CIF), criado para fiscalizar e validar as ações de reparação do Rio Doce.
Três equipes do Sisema percorreram 12 trechos prioritários e verificaram: a situação da área afetada pelo desastre nesses trechos, as ações executadas pela Empresa para minimizar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em dezembro de 2015, além de coletar informações complementares gerais e emitir recomendações à Empresa.
Quatro trechos não foram fiscalizados pelo Sisema, pois apesar de estarem sofrendo intervenções, três deles irão se descaracterizar pela construção de um dique e um deles será alvo de licenciamento especifico no âmbito da barragem de Candonga.
O diretor de Gestão de Resíduos da fundação Estadual do Meio Ambiente, e coordenador da operação, frisou a importância desse acompanhamento pela equipe técnica do Sisema.
Crédito: Arquivo Feam
Operação Watu II
“A operação é uma forma de acompanhar e documentar todas as ações que estão acontecendo nas áreas. Dessa forma, conseguimos um monitoramento mais eficaz e efetivo do que está sendo realizado na região e avaliar a recuperação ambiental dos trechos em questão”, afirmou.
Após finalização dos trabalhos foi elaborado pela equipe de fiscalização um Relatório Técnico para cada área vistoriada, descrevendo a situação atual, andamentos das intervenções e recomendações à empresa. As recomendações do órgão ambiental frisam, principalmente, que a Samarco e a Renova devem continuar com a implementação das intervenções, respeitando os projetos executivos apresentados, além de finalizar a remoção dos galhos e árvores mortas com a realização de semeadura direta.
Além disso, o órgão solicitou à empresa que finalize as ações de contenção dos taludes marginais revegetando toda a área com mix de sementes mais adequadas. Outra orientação foi com relação à instalação de obras de drenagem na área definida como prioritária. Deverá, também, ser mantido pela empresa o estaqueamento de toda a área do trecho.
Participaram da operação Watu – Fase II, técnicos da Feam, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).