Seminário aborda metodologias para prevenção e resposta aos acidentes ambientais

Notícia

Criado: Qua, 09 nov 2022 19:59 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:56


 Foto: Captura tela Youtube

APELL-Seminárioemergênciaambiental Dentro

O 2º dia de Seminário teve como foco o processo APELL, que significa em português Alerta e Preparação de Comunidades para Emergências
 

O segundo dia do 13º Seminário de Emergência Ambiental, realizado nesta quarta-feira (09/11) debateu o tema: “Estratégias e instrumentos de gestão de riscos na prevenção e resposta aos acidentes e desastres ambientais”. A atividade é uma promoção do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), por meio da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e da Comissão Estadual de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida (P2R2) a Emergências Ambientais com Produtos Perigosos. O tema geral do Seminário é “Estratégia e inteligência na prevenção e resposta às emergências ambientais”.

 

O professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, Geraldo Alves Rodrigues, falou sobre “Processo APELL: uma estratégia sempre atual na prevenção, preparação e resposta aos acidentes tecnológicos ampliados”. Em português, a sigla APELL significa Alerta e Preparação de Comunidades para Emergências. Rodrigues observou que o APELL remonta aos anos 1970 e 1980, época de grandes acidentes como Chernobyl e, no Brasil, em Cubatão e o Césio em Goiânia. “O processo está ligado à concentração de energia como água, combustível, produtos perigosos, alimentos e utensílios”, afirmou.

 

“Nos anos 1990, havia um esforço para educar as pessoas sobre esses riscos”, destaca. “Hoje, existem APELL para diversas áreas como acidentes químicos e industriais, áreas portuárias, atividades minerárias e outros perigos”, completou. A APELL compreende a indústria, autoridades locais e a comunidade.

 

O técnico de segurança do trabalho da Refinaria Gabriel Passos (Regap), Rodrigo Antunes Barcelos, apresentou a palestra “APELL: comunicação de risco”. Ele falou sobre o espaço inaugurado em 1968, que possui área total de 12,8 milhões de m² e uma área industrial de 2,3 milhões de m², além de uma reserva ecológica de 50 mil m². A capacidade de processamento da Refinaria é de 24 mil m³ por dia.

 

“Na Regap, a APELL começou nos anos 2000 em função de uma condicionante do processo de licenciamento ambiental”, explica Barcelos. Ele observa que a refinaria foi a primeira no Brasil a ter Licenciamento Ambiental Corretivo.

 

Mineração

 

O coordenador de Automação e Instrumentação da Samarco Mineração, Cézar Valadares, abordou o tema “Segurança e confiabilidade dos instrumentos de monitoramento das barragens e do sistema de alerta de emergência da Samarco”. A empresa atua em Minas Gerais e no Espírito Santo.

 

Valadares falou sobre as linhas de defesa estratégicas com as quais a Samarco trabalha. A primeira delas é ligada à segurança e confiabilidade dos instrumentos de monitoramento das barragens e do Sistema de Alerta de Emergência da empresa que, após o rompimento da barragem de Fundão em 2015, instalou cerca de 1,6 mil sensores dentre radares, estações robóticas e câmeras. Todos os dados são enviados para o Centro de Monitoramento Integrado (CMI) que mostra a situação dos sensores instalados.

 

O executivo de negócios e relações institucionais do grupo Cesari, Sérgio Sukadolnick, falou sobre o “Processo APELL em Cubatão”. Nos anos 1980, a cidade era conhecida como a pior cidade do planeta em termos ambientais e, na época, começou a implantação do APELL. O P2R2 foi criado em 2004 e propõe o APELL em Cubatão como cidade piloto.

 

“Os objetivos são ajudar a minimizar os riscos ambientais com o envolvimento das comunidades e da indústria”, afirma. “Entre os benefícios está a manutenção da comunidade integrada e consciente”, completa.

 

A íntegra dos dois dias do 13º Seminário de Emergência Ambiental está disponível no canal do YouTube do Meio Ambiente de Minas Gerais: https://www.youtube.com/watch?v=SK-VSgvrlaA

 

Emerson Gomes
Ascom/Sisema