A metodologia usada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) para estimar a pegada de carbono (total de emissões de gases de efeito estufa) das atividades da Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo FIFA 2014 em Minas Gerais será usada como base pelo Governo Federal para elaboração do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa da Copa do Mundo no Brasil. Consultores contratados pela União já estão trabalhando em parceria com os analistas ambientais do Estado para o desenvolvimento das ferramentas que serão usadas para calcular, nas cidades sede da Copa do Mundo Fifa 2014, a quantidade das emissões de gases de efeito estufa emitidas durante o evento.
Minas Gerais foi o primeiro estado brasileiro a desenvolver oficialmente o estudo da pegada de carbono para os mega eventos previstos (Copa das Confederações e Copa do Mundo FIFA 2014) no Brasil. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e, agora, irá apoiar o trabalho dos consultores do Governo Federal com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
De acordo com o gerente de Energia e Mudanças Climáticas da Feam, Felipe Nunes, a metodologia é inovadora e se pautou na experiência de sucesso desenvolvida nas Olimpíadas de Londres, realizada em 2012. “Tivemos a oportunidade de trabalhar com a empresa de consultoria que desenvolveu os estudos e projetos de baixo carbono para Londres, a Useful Simple Projects, reconhecida pela credibilidade e resultados alcançados neste evento”, explicou o gerente.
Para ele, ainda há desafios pela frente como a necessidade de aprimorar o trabalho já realizado e adaptá-lo ainda mais à realidade das outras cidades sedes e ao contexto brasileiro como um todo. “A prática comum é fazer inventários de gases de efeito estufa para empresas e empreendimentos. Agora, a ação está voltada para um mega evento, que é a Copa do Mundo Fifa 2014. Por isso, tivemos que adaptar a metodologia para um escopo muito maior”, afirma o gerente.
O estudo da pegada de carbono em Minas considerou um critério de responsabilidade financeira de todos os organizadores e atores envolvidos (Governo Federal, Estados, Municípios e FIFA). Dessa forma foi possível definir ações objetivas com potencial de minimizar ou compensar as emissões conforme as responsabilidades e atribuições de cada instituição envolvida. Um importante avanço foi a inclusão das obras de infraestrutura como a ampliação dos aeroportos e o novo sistema de transporte (BRT no caso de Belo Horizonte), o que não foi considerado nos mega eventos internacionais anteriores.
Acesse aqui o estudo desenvolvido pela Feam
Ana Carolina Seleme
Ascom Sisema