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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Feam reconhece terceira boa prática ambiental na indústria

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O Projeto de Reutilização da água, Economia de energia e Recuperação de Finos, da Empresa Revest Comercial Quartzite, foi o terceiro caso de boa prática ambiental na indústria reconhecido pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A Gerência de Produção Sustentável da Feam reconheceu a iniciativa, considerando os ganhos ambientais resultantes e destacando o aproveitamento de resíduos minerários e a água durante o processo produtivo.

A implantação da boa prática pela Empresa Revest visou melhorar a eficiência no processo de decantação (separação de impurezas no processo de lavagem do quartzito). A utilização de água no processo produtivo se faz necessária para o resfriamento das serras diamantadas e para auxiliar na retenção de partículas de poeiras, visando à saúde ocupacional do trabalhador, em relação, principalmente, à silicose.

Foi implantado um novo sistema de decantação, com a recirculação da água utilizada. Com isso, obteve-se uma economia de 90% da água consumida pelo empreendimento. O sistema de beneficiamento com recirculação de água é geralmente utilizado em grandes empreendimentos do setor de ardósia, onde não existe restrição de abrasividade como nos quartzitos. Desta maneira, a ação adotada pela Revest é inovadora por tratar-se de prática semelhante, mas aplicada no beneficiamento de quartzitos, afirma o Gerente de Produção Sustentável da Feam, Antônio Malard.

A boa prática adotada pela empresa resultou em grandes ganhos econômicos e ambientais, podendo-se destacar a redução do consumo de energia elétrica em aproximadamente 80% devido à diminuição do bombeamento de água à longa distância; a queda de 75% na manutenção do sistema de bombeamento, devido à ausência de folhas e material orgânico que provocavam entupimento e vazamentos e a redução de até 30% no desgaste das serras diamantadas, com relação à abrasividade das serras. Com o novo sistema de decantação foi possível, também, uma melhor recuperação dos finos antes descartados. Esse material, por sua vez, resultou em um novo produto, atualmente comercializado no mercado para composição de argamassas e rejuntes. 

Os benefícios ambientais também se destacaram com a redução à zero do lançamento de efluentes líquidos industriais no meio ambiente; a redução de 90% de captação de água; eficiência energética e a recuperação de finos resultantes do beneficiamento de quartzito.

Segundo Antônio Malard, o objetivo do programa “Boas Práticas Ambientais na Indústria” é incentivar as empresas para que possam incorporar uma prática já adotada ou ter elementos para subsidiar outras ações. “Esperamos que essa prática seja difundida aos demais empreendimentos minerários no Estado de Minas Gerais, que possuam as mesmas características do caso apresentado pela Revest, como forma de uso sustentável dos recursos naturais”, disse.

O Banco de Boas Práticas Ambientais na Indústria foi criado pela Feam e pela Fiemg para incentivar as iniciativas voltadas para a ecoeficência dos processos, e que induza a produção de bens e serviços com uso menos intensivo de recursos naturais. Exemplos de boas práticas ambientais são aquelas relacionadas a ações que resultem na redução do consumo de água, energia, matérias primas e insumos, e também na eliminação ou redução de efluentes e resíduos.

Para conhecer o programa e o relatório da prática apresentada, acesse o link http://www.feam.br/producao-sustentavel/boas-praticas

Milene Duque
Ascom Sisema

FEAM|

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