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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Feam participa de capacitação oferecida a municípios no Projeto Sol de Minas

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EVENTO SEDE Cortada 

Morjana dos Anjos fez uma apresentação sobre sustentabilidade durante a capacitação que ocorreu pelo Projeto Sol de Minas
 

O trabalho desenvolvido pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) nas áreas de energia e mudanças climáticas foi tema de apresentação da entidade no Projeto Sol de Minas, iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) para alavancar o protagonismo de Minas Gerais em relação ao Brasil no setor de energia fotovoltaica. O projeto teve sua primeira capacitação de gestores municipais encerrada nesta terça-feira (27/10) e uma das palestrantes foi a analista ambiental do Núcleo de Sustentabilidade, Energia e Mudanças Climáticas da Feam, Morjana dos Anjos.


A servidora conduziu uma apresentação a representantes municipais sobre o tema sustentabilidade, que foi abordado no universo da energia e das mudanças climáticas. Em um segundo momento, ela focou sua palestra no tema energia renovável, destacando conceitos básicos, tipos de fontes não renováveis e renováveis, até chegar no tema energia solar, com destaque para a modalidade fotovoltaica. "Falei sobre a importância de se fomentar essa tecnologia nos municípios, expliquei o que é, e ainda falei sobre o perfil energético do Brasil e de Minas Gerais", diz a analista ambiental.


Ela também apresentou estudos da Feam que tratam do Zoneamento Ambiental Energético Renovável de Minas Gerais, que consiste na identificação de áreas com maior potencial de aproveitamento energético e menor vulnerabilidade territorial, além da proposta de transição energética que a autarquia desenvolveu para o Estado. De acordo com a analista da Feam, para propor uma transição energética em Minas Gerais foram considerados três cenários, sendo que o terceiro deles, da transição avançada, é a base para um projeto de lei que está tramitando na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para instituir a Política Estadual de Transição Energética.


O primeiro é o chamado cenário de referência, que mostra os problemas que podemos enfrentar se nada for feito até 2030 e 2050 no contexto da produção de energia no Estado. O segundo é tratado como transição energética moderada, que aponta para o cumprimento das metas de redução nas emissões de gases do efeito estufa para o setor de energia, previstas para o Brasil no Acordo de Paris, conforme a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).


Já o terceiro cenário aponta para metas ainda mais ambiciosas do que as previstas na NDC nacional. Nesse último, as metas apontam que 50% da matriz energética mineira deve se tornar renovável até 2030 e 60% até 2050, com 10% de aumento da eficiência energética do setor elétrico até 2030 e 15% até 2050.


Morjana dos Anjos avaliou como muito importante a capacitação oferecida aos gestores municipais porque essas pessoas possuem papel fundamental na promoção dos empreendimentos fotovoltaicos no âmbito local. "Eles têm grande potencial de atração de investimentos e de disseminação de conhecimento e tecnologia, então, é fundamental que tenham ciência e conhecimento razoável sobre a temática para que possam endereçar as políticas climáticas e energéticas da melhor maneira possível", destaca.

CLIMA NA PRÁTICA


Nesse contexto, ela abordou ainda dois produtos da Feam, que podem ajudar bastante os municípios, que são a plataforma Clima Gerais e a ferramenta Clima na Prática. Especialmente em relação ao Clima na Prática, Morjana destacou que a ferramenta é um instrumento que também foca em ações ligadas à área da energia para promover maior sustentabilidade e por isso deve ser usada pelo maior número possível de municípios.


A ferramenta Clima na Prática é um dispositivo que consiste em uma planilha de Excel e um conjunto de documentos acessórios que trazem as ações e as etapas a serem seguidas para cada uma das oito temáticas com potencial para reduzir os impactos relacionados às mudanças do clima. Os temas são Estratégia; Participação e Cooperação; Urbanismo e Ambiente Construído; Agropecuária; Cobertura Vegetal Nativa; Gestão e Produção de Energia; Gestão de Riscos; e Mobilidade. Para cada um desses grupos, a ferramenta apresenta um conjunto de iniciativas, que totalizam 42 ações a serem colocadas em prática para que os seus municípios se adaptem aos efeitos adversos do clima.


PROJETO SOL DE MINAS


A capacitação que teve a participação da Feam contou ainda com palestras sobre geração distribuída, atração de investimentos e financiamento. Esse curso é uma das ações do Projeto Sol de Minas, que é coordenado pela Sede, mas tem participação de outros órgãos, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi), Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).


Segundo o diretor de Energia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Pedro Oliveira de Sena Batista, as capacitações municipais serão periódicas. “Logo depois que acontecer uma capacitação como essa, a ideia é que a gente faça posteriormente um acompanhamento mais de perto com os municípios que participaram das capacitações para ver se eles implementaram alguma ação, alguma medida que vise atrair investimentos de energia solar fotovoltaica. Também vamos verificar se a própria prefeitura, algum gestor municipal ou algum empreendedor privado se interessou a viabilizar investimentos de energia solar fotovoltaica nos municípios. Pretendemos que as prefeituras se tornem geradoras e consumidoras de energia solar fotovoltaica, elevando o percentual de participação pública em empreendimentos desse tipo de energia”, diz Pedro Sena.


Ainda segundo o diretor, o papel da Sede após as capacitações será o de ajudar as prefeituras a desenvolverem projetos de energia solar fotovoltaica, os quais têm capacidade de gerar emprego, renda e economia de custos para a gestão municipal. “Dessa forma, não apenas a Sede, mas o Estado de Minas Gerais se coloca como parceiro ativo, tanto de municípios quanto daqueles que desejam empreender”, completa o diretor.


Entre os objetivos específicos do projeto, destaque para o alcance do aumento na capacidade instalada de geração de energia elétrica; o fortalecimento da cadeia produtiva da geração de energia fotovoltaica; o aumento da participação de energias limpas na matriz energética do Estado; e a redução da emissão de gases do efeito estufa, como o CO2. A iniciativa busca a diversificação da matriz energética a partir do aumento de projetos de geração de energia fotovoltaica juntamente com a implantação de empresas fornecedoras de bens e serviços para esse setor.


Guilherme Paranaiba
Ascom/Sisema

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