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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Feam inaugura células para uso alternativo de fosfogesso em aterro sanitário

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Feam inaugurou nesta sexta-feira (19/02), no aterro sanitário de Contagem, duas células de pesquisa para estudo do uso de fosfogesso em aterros sanitários.

A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), por meio da Gerência de Gestão de Resíduos Sólidos (Geres), inaugurou nesta sexta-feira (19/02), no aterro sanitário de Contagem, duas células de pesquisa para estudo do uso de fosfogesso em aterros sanitários. O Projeto de Pesquisa será realizado pela Feam por meio de uma bolsa incentivo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Um convênio realizado entre a Feam e a Prefeitura de Contagem permitiu a construção, no aterro sanitário de contagem, de duas células de disposição de resíduos sólidos urbanos, bem como suas respectivas unidades de controle (sistemas de frenagem de percolado e gás, impermeabilização e recobertura final). A Feam fará a comparação dos dados obtidos nas duas células, uma com aplicação de camadas intermediárias de fosfogesso com os resíduos sólidos urbanos e a outra, controlada sem fosfogesso. “A expectativa é que tenhamos dados mais representativos após um ano, quanto completaremos um ciclo hidrológico, entretanto, a avaliação será realizada durante todo o ano”, ressaltou o analista ambiental da Feam, Bruno de Mattos.  

O sulfato de cácio dihidratado, conhecido como fosfogesso, é resultante do processo produtivo de uma das etapas para a produção de fertilizantes. A principal forma de destinação desse resíduo, tanto no Brasil como no mundo, é a estocagem em pilhas. Entretanto estas pilhas, que hoje possuem milhões de toneladas estocadas, representam um grande passivo ambiental em Minas Gerais, estimado em cerca de 38 milhões, sendo a geração anual de cerca de 3 milhões de toneladas.Outro destino do resíduo é o uso do fosfogesso na agricultura, usado como corretivo de solo. “Este estudo pretende, além de verificar a eficácia e eficiência do uso do fosfogesso para aumento da vida útil de aterros sanitários, encontrar alternativas para o grande passivo ambiental existente em Minas Gerais”, afirmou a coordenadora do estudo, a gerente de Resíduos Sólidos da Feam, Eleonora Deschamps.

Recentemente, em visita técnica realizada pela Feam ao Institute of Phosphate Reserarch (FIPR) nos Estados Unidos, os técnicos da Feam Bruno de Mattos e Eleonora Deschamps, debateram com técnicos do Instituto americano, o uso do fosfogesso para recobertura de aterro sanitário. De acordo com eles, a aceleração da decomposição da matéria orgânica com o uso desse resíduo se justifica pelo fato do fosfogesso conter sulfatos, que podem ser considerados fontes de alimento para as bactérias decompositoras.

O uso alternativo do fosfogesso foi testado em escala laboratorial pelo FIPR e os resultados demonstraram que houve uma redução de 30 a 50% no volume de resíduo sólido. “Essa iniciativa é inédita no Brasil. No mundo, o que conhecemos é a pesquisa realizada pela Universidade de Orlando em parceria com o Florida Institute of Phosphate Research (FIPR), em escola laboratorial, enquanto a nossa será feita em escala real”, afirma Bruno de Mattos. Após a avaliação dos resultados apresentados nas células experimentais, a Feam poderá propor o uso do fosfogesso nos aterros sanitários em todo o estado de Minas Gerais.

Fonte: Ascom/ Sisema

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